Deputado questiona assassinato de motorista de advogado

Um dia após o assassinato do motorista do advogado Richard Manso, ocorrida no final da tarde desta segunda-feira, 16, na Gruta, o deputado Judson Cabral (PT) usou a tribuna da Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) para cobrar empenho na elucidação do caso. Cabral acredita na possibilidade de o motorista ter sido morto por engano.

Segundo Cabral, o alvo do crime poderia ser o advogado, que é conhecido pela postura combativa no meio político. “Os executores podem ter errado o alvo. Se faz necessária a apuração deste crime sem descartar hipóteses”, disse Judson Cabral. O parlamentar lembrou que no ano passado Richard Manso teria entrado com ação para redução do duodécimo da ALE, em meio à descoberta do desvio dos mais de R$ 300 milhões do Poder Legislativo.

“Ele é um advogado combativo, que sempre soube expressar sua opinião e denunciar os desmandos presentes neste Estado”, defendeu acrescentando que Manso teria denunciado à Polícia Federal supostas ameaças recebidas por telefone. Richard Manso também foi candidato a uma vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, durante a eleição que resultou na indicação e posterior posse de Cláudia Brandão, contrariando “acordos políticos”.

O deputado lembrou que Amaro Antônio dos Santos, 45 anos, foi executado enquanto esperava, no Fiat Uno de placa NLZ-5689/AL, a filha de Manso que estudava inglês numa residência na Gruta de Lourdes. Segundo o petista, o trajeto do motorista costumava ser feito pelo advogado. E como os primeiros levantamentos feitos não conseguiram identificar os autores dos disparos, nem o motivo do crime, o caso pode ser tratado com mais cuidado pelas autoriades policiais.

Jusdon Cabral disse temer pela vida do amigo e denuncia: "sei das ameaças e das materializações de vários crimes de mando que ocorrem em Alagoas”.

Caso

Segundo o sargento Omena, do 5º BPM que estava no local do crime, a vítima conhecida como ‘Dentinho’, estava dentro de um veículo Uno de cor preta, e placa NLZ 5689, quando o criminoso se aproximou e efetuou o disparo que atravessou o vidro do motorista e o atingiu na cabeça.

Testemunhas contaram que perceberam a presença de dois homens em uma moto, de placa não anotada, momentos antes de ouvir o disparo de arma de fogo.

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