A Caatinga é um dos biomas mais importantes e significativos de Alagoas, porém, também é um dos mais devastados. O desmatamento, ao longo das décadas, fez com que suas áreas diminuíssem consideravelmente, levando-o a um estágio crítico de conservação. Por isso, há uma necessidade urgente de garantir meios legais específicos para a sua proteção.
Por entender a importância de ações rápidas e eficazes que ajudem a preservar esse bioma, o Instituto do Meio Ambiente (IMA), atendendo determinação do governador Teotonio Vilela Filho, lança a proposta de criação da primeira Unidade de Conservação Pública de proteção integral situada na Caatinga. Para isto, convocou Consulta Pública para o dia 3 de dezembro, quando será feita a apresentação da proposta de criação do Refúgio da Vida Silvestre dos Morros do Craunã e do Padre, em Água Branca, alto Sertão alagoano.
Uma unidade de conservação visa principalmente a proteger ambientes naturais de ações humanas que provoquem desequilíbrio ecológico, como desmatamento e caça indevida. Além disso, busca garantir condições para a existência ou reprodução de espécies da flora e da fauna locais e até migratória.
De acordo com estudos pela Diretoria de Unidades de Conservação (Diruc) do IMA, os morros do Craunã e do Padre estão situados em uma área de grande potencial para a criação de uma unidade de conservação, devido a registros de ocorrência de animais migratórios, como a Águia Chilena.
Os morros estão localizados a 11 km da sede do município de Água Branca, entre os povoados de Moreira, Cal, Tabuleiro e Tingüí. A proposta visa que a primeira unidade de conservação do Estado no bioma Caatinga seja de 1.168,9708 hectares.
Há um forte interesse na construção de outras unidades de conservação da Caatinga e a criação do Refúgio da Vida Silvestre Morros do Craunã e do Padre é um primeiro e muito importante passo na luta pela preservação do meio ambiente de Alagoas.
