Prefeitura desapropria Estádio Gustavo Paiva

ArquivoCampo do Mutange foi desapropriado pela Prtefeitura de Maceió

Campo do Mutange foi desapropriado pela Prtefeitura de Maceió

Algumas horas após levar um duro golpe nas suas pretensões de disputar a 1ª Divisão do Campeonato Alagoano, a diretoria azulina foi surpreendida pela decisão do prefeito Cícero Almeida (PP) de declarar de utilidade pública e em caráter de urgência, para fins de desapropriação, o Complexo Gustavo Paiva, mais conhecido como Campo do Mutange, localizado na Avenida Major Cícero de Góes Monteiro.

A decisão de Almeida foi publicada no Diário Oficial do Município (DOM), nesta quinta-feira, dia 3, e segundo o decreto, “é declarado de utilidade pública, para fins de desapropriação, o imóvel localizado na Avenida Major Cícero de Góes Monteiro, 2593, bairro do Mutange, medindo 54912,00 m² (cinquenta e quatro mil vírgula novecentos e doze metros quadrados), registrado no 2º Cartório Registro de Imóveis de Maceió/AL sob a matrícula nº 8119, cujo proprietário é o Centro Esportivo Alagoano”.

O despacho prevê a desapropriação da área para implantação de um Centro de Referência para atender a política municipal de inclusão social de crianças e adolescentes carentes do Município de Maceió.

Em entrevista à imprensa, Almeida disse que adotou a medida – a exemplo do que ocorreu com o Estádio Severiano Gomes Filho, na Pajuçara – para preservar a história dos clubes alagoanos.

Já o presidente do CSA, Jorge VI, disse em entrevista ao Alagoas24horas, que a diretoria foi surpreendida com a decisão da prefeitura, uma vez que nesta quinta-feira aconteceria uma nova praça (o primeiro leilão ocorreu na última terça-feira), com a possibilidade do campo ser arrematado. VI informou que advogados do clube estariam, inclusive, na sede do TRT, aonde acontece o leilão.

O presidente azulino disse que irá pleitear uma reunião com o prefeito Cícero Almeida para saber quais serão os próximos passos adotados por ele (Almeida), uma vez que no caso do CRB a prefeitura estaria cedendo o campo da Pajuçara, em regime de comodato ao clube alvirrubro. “Acreditamos nas boas intenções do prefeito, mas o decreto será avaliado pelo nosso departamento jurídico e a partir daí solicitaremos uma reunião com a Prefeitura”, disse Jorge VI.

Jorge VI afirmou, ainda, que atualmente existem cerca de 300 processos contra o CSA e que o clube não possui nenhum patrimônio, que segundo o atual presidente teria sido dilapidado por gestões anteriores. “O patrimônio do CSA é a foto da torcida e a marca, além da imensa nação azulina”.

Para reverter o atual quadro, o presidente azulino informou que estão em andamento uma auditoria e uma consultoria, que deverá realizar um planejamento para os próximos dez anos. O diagnóstico, no entanto, está ameaçado, uma vez que a diretoria não possui recursos para pagar pelo serviço.

“A nossa expectativa é de que daqui a quatro anos, quando o CSA completa seu centenário, tenhamos uma nova mentalidade no Mutange”, explicou Jorge VI. Outro aspecto questionado pelo presidente azulino diz respeito à avaliação do Mutange para fins de leilão, atualmente de R$ 1,8 milhão, destes, R$ 800 mil apenas de débito de IPTU. “Tudo está sendo analisado pelo nosso departamento jurídico e iremos adotar as medidas cabíveis”, afirmou.

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