SP: Mais temporais sábado e domingo

A atuação de uma frente fria e a formação de áreas de instabilidade mantêm o tempo chuvoso na sexta-feira (11) e no fim de semana em São Paulo. De acordo com previsão do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), a previsão é de pancadas de chuva a qualquer hora do dia até domingo (13), o que, segundo o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), da prefeitura, pode causar pontos de alagamento e provocar novos deslizamentos na cidade.

O CGE, porém, disse não acreditar em temporais da mesma intensidade do registrado na última terça-feira (8), que causou oito mortes na Grande São Paulo. Na ocasião, em apenas 24 horas, choveu 77,4 mm (cada milímetro equivale a um litro de água por metro quadrado) –o maior volume registrado desde 1999 pelo órgão em apenas um dia.

Devido às chuvas de terça, pelo menos seis bairros da zona leste da cidade continuam alagados. Com água na altura da cintura, muitos moradores correm o risco de contrair várias doenças, entre elas a leptospirose, expandida através de água contaminada com urina de ratos, cachorros e outros animais.

Nesta quinta-feira, a Defesa Civil Municipal realiza vistorias na região e faz um levantamento de quantas pessoas foram afetadas e tiveram de deixar suas casas. A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros precisaram usar botes para retirar as crianças e os idosos dos imóveis. As famílias foram levadas para abrigos públicos improvisados em escolas da região.

Segundo a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), as estações pararam de funcionar devido ao alagamento, e com isso, o esgoto está espalhado pelas ruas, misturado com a água do rio Tietê. A função da estação elevatória é coletar o esgoto e levar para a estação de tratamento. O funcionamento só será normalizado após o nível da água diminuir.

De acordo com a Subprefeitura de São miguel, os bairros mais afetados pelas cheias são: Vila Seabra, Vila da Paz, Jardim São Martinho, Vila Aimoré, Vila Itaim e Jardim Romano. Até esta quinta, mais de 1.200 famílias foram cadastradas, e as que ficaram desabrigadas –o número não foi informado- estão sendo encaminhadas para três escolas e uma igreja na região.

Ainda segundo a subprefeitura, a região alagada foi construída irregularmente nas margens do rio Tietê e próximo à várias lagoas, por isso água continua alta.

Balanço

A Defesa Civil registrou até o final da noite de quarta-feira (9) 413 interdições em imóveis atingidos pelas chuvas nos últimos dias na cidade de São Paulo. O balanço é contabilizado desde a última quinta-feira (3).

Ao todo, 892 famílias foram atendidas pelos técnicos da assistência social e receberam colchões, cobertores e alimentação, sendo que 267 pessoas foram para alojamentos ou abrigos públicos. O restante foi para a casa de amigos ou parentes.

Desde o início do mês até esta quarta-feira, as chuvas que atingem o Estado de São Paulo já causaram, pelo menos, 21 mortes, segundo balanço da Defesa Civil Estadual. Entretanto, o balanço –atualizado no início da manhã–, ainda não inclui as outras duas mortes confirmadas nesta quarta, quando foram localizados os corpos de duas pessoas que estavam desaparecidas desde a terça na Grande São Paulo.

Pelo menos 4.214 pessoas tiveram de deixar suas casas devido aos temporais em 35 municípios. Os municípios de São Luiz do Paraitinga, Caierias, Manduri e Bofete, decretaram situação de emergência.

Fonte: Folha Online

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