Vágner Mancini é confirmado como técnico do Vasco

Depois de longa negociação, o Vasco acertou, na noite desta sexta-feira, a contratação do técnico Vágner Mancini para a temporada de 2010. Em férias no Nordeste, o treinador, 43 anos, comandou o Vitória no último Campeonato Brasileiro e será anunciado oficialmente pela diretoria cruzmaltina neste sábado.

O empresário de Mancini, Fábio Mello, se reuniu com os dirigentes cariocas para acertar os últimos detalhes do compromisso, que terá a duração de um ano. No comando do clube carioca, o treinador substitui Dorival Júnior, um dos responsáveis pela reação da equipe com o título da Série B e o retorno à elite nacional.

Antes de se destacar no comando do time de Salvador, Mancini teve passagem pelo Grêmio, em 2008, justamente quando o gerente de futebol era Rodrigo Caetano, hoje no Vasco. A relação dos dois teria pesado na contratação do novo técnico do clube de São Januário.

No entanto, a primeira opção vascaína para o cargo era Antônio Carlos, mas o atual técnico do São Caetano foi rejeitado pelos torcedores, que, em sites de relacionamento na Internet, lembraram um episódio de racismo protagonizado por ele quando era zagueiro do Juventude.

Entre os maiores feitos do substituto de Dorival Júnior está o título da Copa do Brasil conquistado em 2005, sob o comando do Paulista de Jundiaí. O empate sem gols com o Fluminense, em São Januário, garantiu ao técnico nascido em Ribeirão Preto a maior glória de sua curta carreira.

Apontado como um dos técnicos mais promissores da nova geração, Mancini possui o perfil que os dirigentes do Vasco procuravam no mercado – um profissional aberto ao diálogo, com uma enorme vontade de brilhar e, acima de tudo, que aceitasse um salário menor do que os R$ 280 mil que seu antecessor recebia.

Como jogador, Vágner Mancini foi um meia que se destacava mais pela força na marcação do que pela habilidade, com carreira iniciada em 1988, no Guarani. Depois, atuou por vários clubes pequenos e médios do futebol paulista – Portuguesa, Bragantino, Ponte Preta, São Carlense, Ituano e Paulista de Jundiaí. Também jogou no Grêmio, no Coritiba, no Figueirense, no Sport e no Ceará, time em que se despediu dos gramados.

Já sua carreira como treinador começou em 2002, na São Carlense. Em 2004, seguiu para Jundiaí, onde montou um time forte e vitorioso no Paulista. No segundo semestre de 2007, aceitou convite para ser técnico do Al Nasr, de Dubai, nos Emirados Árabes. Em janeiro de 2008, abriu mão dos petrodólares para encarar o desafio de comandar o Grêmio no Campeonato Brasileiro e na Libertadores. No entanto, seis jogos após ter sido contratado – e tendo obtido quatro vitórias e dois empates -, foi sumariamente demitido.

Indignado, Mancini foi esfriar a cabeça na Bahia, já que rapidamente acertou a sua ida para o Vitória, clube no qual substituiu Osvaldo Alvarez. Ganhou fama em Salvador ao conquistar o Campeonato Baiano, mas conduziu o time a uma campanha apenas razoável no Brasileiro. Para ele, o ponto alto foi quando derrotou o Grêmio por 4 a 2, resultado que praticamente tirou clube gaúcho da disputa pelo título.

No dia 18 de fevereiro de 2009, Mancini estreou no Santos, que, sob o comando dele, chegou à final do Campeonato Paulista, sendo derrotado pelo Corinthians. Menos de dois meses depois, foi mandado embora por justa causa. Motivo: a eliminação na Copa do Brasil após uma derrota para o CSA na Vila Belmiro, e, alguns dias depois, a goleada por 6 a 2 sofrida justamente para o Vitória, que novamente acolheu o treinador. Parecia até a repetição do filme que havia protagonizado no Grêmio, como vilão. Mais uma vez aborrecido e se sentindo injustiçado, ele foi, como sempre, esfriar a cabeça na Bahia – acertou com o Vitória. Pelo time rubro-negro, a mesma história: uma campanha apenas razoável no Campeonato Brasileiro, com a vaga para a Copa Sul-Americana sendo conquistada apenas na última rodada, no empate em 2 a 2 com o Goiás.

Fonte: Terra

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