Sindpol denuncia situação de delegacias

Em visita aos policiais civis no interior do Estado, o Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) se deparou com as precárias condições de trabalho nas delegacias das cidades de Coruripe e Piaçabuçu.

“Ambas estão sem condição de funcionamento devido à má conservação do prédio e à falta de higiene, tendo toda sua estrutura inadequada para o serviço a ser prestado à sociedade”, alerta o 2º vice-presidente do Sindpol, Edeilto Gomes.

De acordo com o sindicalista, na delegacia de Piaçabuçu, o policial civil tem que passar por um corredor, onde ficam as celas e os presos, para se ter acesso à cozinha e ao banheiro.

No dia 6 de dezembro, ocorreu um homicídio na cidade, e o corpo de um homem levou 30 horas para ser recolhido. “A remoção do corpo só foi possível porque um policial civil solicitou apoio de uma funerária”, disse.

Em todo Estado, apenas um rabecão faz o recolhimento de corpos. “O corpo do policial civil Geraldo Moura, que foi assassinado na Grota do Rafael, em Maceió, passou quatro horas em via pública, porque o rabecão estava em diligência em três municípios no interior de Alagoas. Infelizmente, isso é a prova do descaso com a segurança pelo Governo do Estado, que desrespeita os alagoanos até na morte”, desabafa.

No prédio da delegacia de Coruripe, já funcionou um hospital, que foi transferido para outro local devido a sua precária estrutura. “O prédio foi interditado e, novamente, está sendo interditado, e a delegacia continua funcionando”, informa.

“Coruripe é uma cidade que elegeu um deputado estadual e um deputado federal, e tem sua segurança pública totalmente abandonada. A delegacia não tem viatura. Há problemas sanitário e hidráulico. O teto está caindo. Há infiltrações nas paredes, além de acúmulo de lixo por todo o local”.

“Na reunião do Conselho Estadual de Segurança Pública, o Sindpol presenciou uma discussão de uma licitação para compra de um rabecão no valor de R$ 170 mil, quando um delegado, apresentou um orçamento de um rabecão ao custo de R$ 40 mil. “Ou seja, o Estado pode comprar quatro automóveis no mesmo valor em que governo está disponibilizando, o que mostra a ineficiência do Estado quanto o assunto é segurança pública”, declara.

Fonte: Ascom Sindpol

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