Eleições para Conselho Tutelar questionadas

A vereadora Tereza Nelma (PSB) encaminhou ao promotor de justiça Luis Medeiros uma denúncia pedindo providências legais sobre irregularidades que presenciou na eleição para conselheiro tutelar da Região 1. A própria vereadora foi impedida de votar em sua sessão eleitoral – seu nome sumiu da lista de votantes.

“Comunico, para os devidos fins legais, que, na manhã do dia 13, por volta das 10h, estive no local de votação da sessão 0228 da 1ª Zona, para exercer o meu direito de cidadã de votar na eleição do Conselho Tutelar da Região 1. Para minha surpresa, não havia nenhuma urna funcionando, e vi que uma mesária desestimulava as pessoas que chegavam a esperar, informando que não havia urna”, relata Tereza em seu ofício. “Voltei mais tarde, por volta de 11h30, mas foi inútil. Na listagem da sessão 0228 não constava meu nome, nem tampouco do meu marido, jornalista Renato Viana Soares”.

Diz ainda a vereadora que “no momento em que chegamos à sala de votação, meu marido constatou que uma jovem que afirmava enfaticamente, ao lado da mesa, que não poderíamos votar, pois nossos nomes não constavam das listas, estava com vários títulos de eleitores na mão – mas não era mesária e sim a fiscal Rosália (não quis revelar o sobrenome), a serviço da “candidata Vitória”, como disse. Quando foi identificada saiu às pressas da sala. Os mesários não tomaram nenhuma atitude”, continua Tereza Nelma.

Além disso, “foi necessário uma razoável insistência para que os mesários registrassem os fatos em ata – eles alegavam que não haviam sido orientados para fazer atas. Mas reconheceram que, antes de nós, várias pessoas retornaram sem poder votar pelo mesmo motivo – ausência do nome na listagem”, diz Tereza Nelma.

“Eu e meu marido votamos na sessão 228 há mais de 10 anos. Estávamos com o título eleitoral, comprovante de ter votado na última eleição, documentos de identidade – mas mesmo assim fomos excluídos. Tomamos conhecimento que o candidato a conselheiro tutelar José Lopes Sobrinho também teve seu nome excluído da lista, bem com sua filha. Ele não pôde votar”, denuncia a vereadora.

Tereza Nelma juntou ainda à sua denúncia cópia da reportagem do jornalista Odilon Rios, publicada em O Jornal de ontem, dia da eleição, que denuncia que “um deputado” [não identificado] teria montado um imenso esquema de captação ilegal de votos, além de uma entrevista com o presidente do Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente reconhecendo que tomou conhecimento de uma candidata com uma campanha superfaturada, mas atribuída a financiamento do marido – cujos nomes o presidente alega que “se comprometeu a não revelar”. Em outras palavras, o próprio presidente do Conselho da Criança dá proteção à fraude”.

“Irregularidades como estas desestimulam a cidadania a participar do aperfeiçoamento do processo democrático de defesa de crianças e adolescentes, particularmente as que se encontram em situação de risco pessoal ou social”, conclui Tereza Nelma.

Fonte: Ascom Tereza Nelma

Veja Mais

Deixe um comentário

Vídeos