O juiz Maurício Brêda, da 7ª Vara Criminal, disse à reportagem do Alagoas24horas que o ex-tenente-coronel Manoel Francisco Cavalcante confirmou, em depoimento prestado ao magistrado na manhã desta segunda-feira, 14, a participação dos deputados estaduais Antônio Albuquerque e João Beltrão e do deputado federal Francisco Tenório no assassinato do cabo da Polícia Militar José Gonçalves da Silva Filho, o cabo Gonçalves, em 1996.
Em depoimentos anteriores, Cavalcante já havia assumido sua participação no crime e acusado os deputados, que chegaram a ser presos pelo assassinato durante a Operação Ressugere, da autoria intelectual. Segundo o ex-militar, o crime teria sido tramado em uma propriedade do deputado Antonio Albuquerque em Limoeiro de Anadia.
O magistrado disse que, logo após o depoimento, reuniu-se com o intendente geral do Sistema Penitenciário, coronel Dário César, para lhe entregar uma cópia do depoimento e comunicar que o Estado deve dar ao réu a segurança necessária. “A determinação também foi comunicada à Vara de Execuções Penais, a quem caberá analisar e decidir o que deve ser feito para garantir essa segurança”, afirmou Brêda.
O ex-tenente-coronel Cavalcante, acusado de liderar a Gangue Fardada, cumpria pena no Presídio Bangu VI, no Rio de Janeiro, de onde foi trazido para o Presídio Baldomero Cavalcanti, em Maceió, por determinação judicial. Ao chegar ao fórum na manhã de hoje, o ex-coronel não quis falar com a imprensa.
