Na porta do Instituto Médico Legal Estácio de Lima (IML), antes de passar pelo exame de corpo delito, o prefeito de São Luiz do Quitunde, Cícero Cavalcante (PMDB) – em entrevista à imprensa – disse que “está sendo vítima de uma armação”. De acordo com ele, sua prisão foi armada pela oposição. Cavalcante é acusado de mandar matar o líder comunitário e suplente de vereador José Geraldo Renovado Serqueira, 32 anos.
O suplente de vereador foi assassinado em 2007, conforme informações da Polícia Civil de Alagoas. Cavalcante foi preso na manhã de hoje, dia 18, quando iria assumir a Prefeitura Municipal de São Luiz do Quitunde, no lugar de Jean Cordeiro (PP), que foi afastado do cargo pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Por conta da troca de prefeitos, a cidade já vivia um clima de instabilidade política.
Cícero Cavalcante – que teve a prisão decretada pela 17ª Vara Criminal – deve ser encaminhado para o sistema prisional. A prisão é preventiva, mas o prefeito salientou que seus advogados já entraram com o pedido de habeas corpus. “Agora é aguardar. Eu confio em Deus e a Justiça será feita”, disse ainda.
“Eu estou sendo acusado de um crime que não cometi. Tudo isto não passa de uma armação da oposição para que eu não tome posse. Eles conseguiram reverter a situação com uma liminar, depois perderam na Justiça e agora criaram esta armação”, salientou. O prefeito disse ainda que há quatro dias a população de São Luiz do Quitunde já sabia que ele seria preso na manhã de hoje. “Se comentava isto nas ruas, o que é a prova de que não passa de uma armação”, complementou Cavalcante.
O prefeito disse ainda que não tinha qualquer tipo de desavença com a vítima do crime ocorrido em 2007. “Ele nunca disse sequer que eu era feio”. Cícero Cavalcante destacou – entretanto – que José Geraldo Renovado de Serqueira tinha problemas com vários ex-prefeitos e com outras pessoas de quem “havia falado mal na cidade”. “A oposição quer ganhar tempo com esta prisão”, finalizou o prefeito.
Esta não é a primeira vez que Cícero Cavalcante é preso. Ele esteve entre os prefeitos que foram detidos na Operação Guabiru, sob a acusação de desviarem verbas federais destinadas à aquisição de merenda escolar para a rede de ensino municipal de várias cidades de Alagoas.
