Feirantes ainda reclamam de espaço da nova Feira do Tabuleiro

Sionelly Leite/Alagoas24horasMilson Sabino, representante dos feirantes, questiona infra-estrutura do novo espaço

Milson Sabino, representante dos feirantes, questiona infra-estrutura do novo espaço

Apesar de já ter sido dado início ao processo de transferência da Feirinha do Tabuleiro para o espaço organizado pela Prefeitura Municipal de Maceió, grande parte dos 960 feirantes – que serão acomodados no ambiente padronizado – ainda demonstram insatisfação e reclamam do tamanho das barracas, do descaso com a infra-estrutura do local e de uma série de outros problemas.

A Prefeitura Municipal – conforme acordo com a Justiça – tem até o dia 15 deste mês para transferir todos os feirantes para o novo espaço, que conforme o diretor de abastecimento Cláudio Calheiros, já se encontra pronto. Na manhã de hoje, foram sorteados os locais onde ficarão os comerciantes de miudezas diversas e plásticos. No período da tarde, será sorteado o local dos que trabalham com confecções.

Os sorteios seguem até a próxima quarta-feira, finalizando com os comerciantes de alimentos que só utilizam os espaços nos fins de semana. O ambiente – conforme Calheiros – será padronizado e visa disciplinar a feira, que possui quase um quilômetro de extensão e atrapalha o trânsito e os comerciantes locais. O problema se arrasta há vários anos e só agora vê uma perspectiva de mudança.

Cláudio Calheiros – em entrevista ao Alagoas 24 Horas – destacou que um dos objetivos da Prefeitura Municipal e da Secretaria de Abastecimento é trabalhar o crescimento do mercado informal. “Em menos de quatro anos praticamente triplicou o número de feirantes aqui do Tabuleiro do Martins. Se não for tomada uma atitude, daqui a pouco a feira entra nos bairros adjacentes. É preciso disciplinar. Claro que isto não vai agradar a todos, mas beneficia a grande maioria”, destacou.

A principal reclamação é dos comerciantes que tinham barracas com seis metros de extensão e agora vão ter que ser transferidos para espaços com no máximo três metros. “Sabemos que alguns reclamam da diminuição de espaço, mas estamos tomando uma atitude que beneficia não só os feirantes, mas como toda a comunidade. Os feirantes terão um espaço com mais higiene, infra-estrutura e um ambiente aonde o consumidor vai se sentir bem, pois há banheiros e lanchonetes”, salientou Cláudio Calheiros.

No entanto, a transferência acontece sob uma avalanche de críticas, grande parte delas feito pelo presidente da Associação de Feirantes, Milson Sabino. “A Prefeitura não foi responsável com a gente. Fomos enganados de certa forma. A preocupação da Prefeitura sempre foi a classe média e a alta. Nós não formamos opinião e por isto somos tratados desta forma. Não houve continuidade nos trabalhos, por conta das trocas de secretário e por isto voltamos à estaca zero várias vezes”, opinou.

“Os espaços para as barracas são minúsculos, o que dificultará o nosso trabalho. Sem contar que a infra-estrutura poderia ser melhor. Havia um projeto, quando o Rafael Tenório estava à frente da secretaria, que previa cobertas no local e uma promessa bem diferente desta que vemos. O recurso viria do Ministério das Cidades. Não sabemos ao certo o que aconteceu. Em seguida, o Carlos Ronalsa, juntamente com a gente, estava empenhado num projeto junto ao Banco do Brasil, mas foi esquecido. A exoneração dele atrapalhou tudo. O atual secretário (Marcos Alves) pegou o bonde andando. Foi mais um erro da Prefeitura”, complementou ainda.

Apesar das críticas, Milson Sabino reconhece que o novo espaço é melhor do que estar nas ruas. “Mas, é um paliativo que não sabemos ainda se vai dá certo. Vamos esperar, pois é preciso ainda ações da SMTT, da Guarda Municipal e da SMCCU aqui no local, para sinalizar a feira, dar segurança e atrair os consumidores. Vamos esperar, quem vai dar a resposta é o tempo”, finalizou.

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