Presidente da ALE diz que irá solicitar delegado especial ao governador para apurar crimes de servidores
O presidente da Assembléia Legislativa, deputado Antonio Albuquerque (DEM), condenou o clima de violência que vitimou dois funcionários do Parlamento alagoano.
“É preciso adotar providências rápidas e enérgicas para que a sensação de impunidade não banalize a vida humana”. Albuquerque repudiou o clima de especulação em torno da motivação dos assassinatos dos servidores Abelardo Fernandes Rocha e Walter Lessa de Oliveira e está encaminhando ofício ao governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) pelo qual solicita a designação de um delegado especial para conduzir os inquéritos referentes a esses dois crimes.
No documento dirigido ao governador, o presidente da Assembléia afirma que os episódios sangrentos contra dois servidores do Legislativo são objeto de repulsa e que a aumentam ainda mais o clima de insegurança que gera apreensão na sociedade. Antonio Albuquerque se refere às especulações em torno do assassinato de Abelardo segundo as quais por ser vinculado ao gabinete da presidência da Assembléia, e, por conseguinte, poderia ser uma vítima de uma operação de “queima de arquivo”.
“O momento se tornou um campo fértil para a fábrica de ilações. Embora o Abelardo tenha sido funcionário do Legislativo havia vinte anos, eu nem sequer o conhecia. Muito menos pertenceu ao meu quadro de assessores”, disse o presidente, rebatendo a tentativa de vinculá-lo a esse episódio. Já o assassinato de Walter Lessa – também servidor do Legislativo e que atuava como cinegrafista da TV Assembléia – intensificou os boatos de que os crimes poderiam ter ligação com a operação da Polícia Federal.
“Quero tudo esclarecido. Quero investigação rigorosa e punição para os assassinos dos servidores”, reagiu Albuquerque, informando acerca do ofício que está encaminhando ao governador Teotônio Vilela Filho. A idéia dele é que o aparato de segurança do Estado indique um delegado especial para trabalhar na investigação dos dois crimes.
