Delegados decidem greve em reunião fechada

Alagoas24HorasPresidente da Adepol, Antônio Carlos Lessa, se reúne com a categoria em Assembléia Geral

Presidente da Adepol, Antônio Carlos Lessa, se reúne com a categoria em Assembléia Geral

Neste momento, os delegados da Polícia Civil de Alagoas se encontram reunidos no auditório da Associação dos Delegados da Polícia Civil de Alagoas (Adepol) para decidir se entram em greve ou não. De acordo com o presidente da Adepol, Antônio Carlos Lessa, a tendência de que os delegados entrem em greve é grande, pois o Governo do Estado ainda não apresentou uma contraproposta para a categoria.

Os delegados cobram equiparação salarial com os procuradores e defensores do Estado de Alagoas. Caso seja de fato deflagrada a greve, Antônio Carlos Lessa disse que a categoria vai respeitar a lei e manter 30% dos serviços funcionando. No entanto, o delegado alerta que – mesmo com os 30% mantidos – as delegacias de Paripueira e Barra de São Miguel não funcionariam, bem como demais delegacias litorâneas.

Neste caso, todas as ocorrências registradas no carnaval de Alagoas teriam que ser encaminhadas para Maceió. Além dos salários, os delegados cobram do governo melhores condições de trabalho, remoção dos presos para o sistema prisional e o retorno imediato dos policiais civis. “É preciso que o Governo resolva a situação com os policiais. Está insustentável e não dá para o delegado trabalhar sem os agentes”, destacou Lessa.

Lessa disse ainda que a paralisação dos delegados e dos agentes só traz prejuízo para a população e que a categoria está empenhada em negociar e resolver o impasse o mais rápido possível. “O impacto na folha é de 0,5%. Dá para resolver, ainda mais quando apenas 30% da categoria seria beneficiada com a equiparação salarial, já que os outros 70% esbarram no redutor salarial, que é o teto do Executivo de R$ 11.500”, salientou Antônio Carlos Lessa.

No interior do Estado, a previsão é que com a greve funcionem apenas as coordenadorias da Polícia Civil, em São Luiz do Quintunde, Arapiraca e Santana do Ipanema, mas esta proposta também será levada para a assembléia geral. “Maceió atualmente é uma das capitais mais violentas do país e o Estado precisa dar a resposta resolvendo este impasse com os policiais civis, para que possamos trabalhar. As condições físicas da delegacia precisam ser melhoradas também”, destacou.

Na pauta da reunião que ocorre agora estão o indicativo de greve, o remanejamento de presos, a condição de trabalho e o retorno dos agentes. O salário de um delegado em início de carreira – atualmente – é de R$ 5 mil líquido, com o aumento pode-se chegar a R$ 17 mil.

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