Coaracy compara Taturana à Cosa Nostra

Danielle Silva/Alagoas24horasProcurador-geral do Estado, Coaracy Fonseca

Procurador-geral do Estado, Coaracy Fonseca

Em despacho publicado na edição desta sexta-feira, 22, no Diário Oficial do Estado, o procurador-geral de Justiça, Coaracy Fonseca, instaura processo investigatório criminal para apurar o envolvimento de um promotor de Justiça que teria, supostamente, se beneficiado do esquema que desviou mais de R$ 280 milhões dos cofres públicos da Assembléia Legislativa de Alagoas, por meio de fraude na folha de pessoal.

O Ministério Público também solicitou ao Tribunal Regional Federal da 5ª Região a transferência ao MP/AL do sigilo de todas as interceptações telefônicas operacionalizadas pela Polícia Federal, desde o início da Operação Taturana, envolvendo o promotor investigado.

Fonseca solicitou, ainda, a quebra do sigilo de dados em relação a todo e qualquer documento apreendido por ocasião das medidas cautelares de busca e apreensão levadas a efeito que tenham relação com algum membro do MP.

Para fundamentar o procedimento investigatório, Coaracy Fonseca afirma que o promotor possuía informações privilegiadas tanto em razão da função que ocupa quanto em decorrência de vínculos de amizade com integrantes da cúpula da Polícia Civil e que será investigado se ele (promotor) teria repassado tais informações ao chefe da organização criminosa em troca de ‘vantagens’ de caráter pessoal.

Em seu despacho, o procurador afirma que “não obstante o dano causado à sociedade com a apropriação dos recursos através da folha de pagamento de pessoal, restou à evidenciada (Operação Taturana) uma característica que somente se vê em estruturas criminosas poderosas (EX: COSA NOSTRA ITALIANA E MÁFIA RUSSA), com a cooptação de membros da cúpula do Ministério Público e Judiciário".

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