Servidores do nível médio e superior mostram dados da tabela salarial
Em meio ao impasse entre a Prefeitura Municipal de Maceió e o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sindspref), pela aprovação da pauta de reivindicações da categoria, que vão desde as perdas salariais de cerca de 21%, até o pagamento de insalubridade; uma disputa interna chama atenção.
Os servidores municipais do nível médio e superior questionam as decisões tomadas pelo presidente do Sindspref, Sidney Lopes da Silva, que atualmente também preside a Comissão dos Sindicatos Unificados, no que diz respeito à proposição da tabela salarial. Eles contam que atualmente um servidor do nível elementar possui vencimentos salariais semelhantes aos servidores do nível médio e superior.
Para a presidente do Sindicato dos Servidores Municipais do Nível Médio e Superior, Selma Costa, a tabela aprovada no ano passado mostra claramente o beneficiamento de uma categoria em detrimento das demais. “Nós queremos chamar atenção para a infração do Artigo 37 da Constituição, que versa sobre a diferença salarial e do exercício das funções entre os níveis de servidores. Hoje um guarda municipal ganha mais que um inspetor e exerce uma função superior também, quando não deveria”, disse Selma.
Os servidores do nível médio e superior afirmam ainda que, segundo a Lei 4.974/200 do Plano de Cargos e Salários da categoria, os vencimentos desses níveis devem ser superiores aos do nível elementar em cerca de 60%. “Tanto a antiga, quanto a nova tabela proposta pelo presidente do Sindspref apresentam uma diferença mínima entre os vencimentos, ou seja, um funcionário do nível elementar recebe R$ 585, 07 e um servidor médio R$ 589,35. É justamente para modificar este quadro que estamos reivindicando participação na mesa de negociação com a prefeitura”, esclareceram os membros do Sindicato.
Hoje, os Sindicatos estiveram reunidos para mais uma rodada de negociação com uma comissão da prefeitura, entretanto o impasse interno entre os servidores adiou a discussão das propostas. “Além de todas as questões informadas, nós descobrimos que o Sindicato não possui a carta sindical e a comissão da prefeitura já informou que somente voltará a discutir as propostas se o presidente apresentar o documento”, concluiu Costa.
