Patrimônio da empresa será avaliado durante auditoria
A juíza da 3° Vara de São Miguel dos Campos, Nirvana Melo, pediu nesta sexta-feira, 28, a prorrogação da prisão do empresário Carlos Pinheiro da Costa Júnior, acusado de chefiar uma quadrilha que aplicava golpes em aposentados no interior do Estado. A juíza determinou também a realização de uma auditoria da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) na empresa do acusado, Elohim Magazine, reaberta hoje.
De acordo com André Ribeiro, chefe de operações da Delegacia Regional de São Miguel, onde o empresário está preso, a decisão da juíza visa, além da realização da auditoria, ao cumprimento dos contratos que estão pendentes. A Polícia acredita que Carlos Pinheiro pretendia fechar a loja e dar um golpe ainda maior nos clientes.
“Pelos menos 18 funcionários da empresa estão de aviso prévio e confirmaram em seus depoimentos que o empresário pretendia fechar a loja. Segundo um levantamento feito pela fiscalização existe R$ 5 milhões em mercadorias dentro da loja. O mais interessante de tudo isso é que o empresário não tinha nada há cerca de quatro anos, nem tampouco pode explicar o enriquecimento porque, inclusive, não possui declarações ao Imposto de Renda”, disse Ribeiro.
O prazo da prisão temporária de Carlos Pinheiro expiraria no próximo domingo, 30, mas o número de provas contra o empresário só aumenta. “Até o momento já foram ouvidas 163 vítimas e ainda falta pelo menos 300 pessoas comprovadamente vítimas da empresa Elohim. Promotorias de outros municípios como Rio Largo e Brejão (PE) já manifestaram interesse na prisão dos envolvidos”, ressaltou o chefe de operações.
A mãe do acusado – conhecida como Diva – e a esposa também estão sendo investigadas e há grande possibilidade de terem suas prisões decretadas. Diva é uma das principais citadas pelas testemunhas.
Carlos Pinheiro pode responder pelos crimes de formação de quadrilha, estelionato qualificado, crimes contra o idoso, crime eleitoral e posse ilegal de armas.
Crédito: Marcus Pyta/Cortesia
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