‘Paulão pode ter sido induzido’, diz Judson

O deputado estadual Judson Cabral (PT) – que é o líder do Partido dos Trabalhadores na Assembléia Legislativa do Estado de Alagoas – voltou a falar sobre a situação do companheiro de bancada Paulo Fernando dos Santos, o Paulão (PT), que segundo o delegado da Polícia Federal, Janderlyer Gomes, também será indiciado nas investigações desencadeada pela Operação Taturana.

Em entrevista a uma emissora de rádio local, Cabral defendeu o companheiro e destacou que “se houver irregularidade, Paulão vai pagar por ela”. Para Judson Cabral o que não se pode é colocar o petista na vala comum dos demais deputados estaduais indiciados. Segundo a avaliação de Judson, alguns dos parlamentares possuem o histórico de dilapidação do erário, o que não é o caso de Paulo Fernando dos Santos.

“A questão do Paulão é pontual. Não se pode confundir com aqueles que vinham dilapidando o patrimônio público e utilizando a Assembléia Legislativa de Alagoas para enriquecer. O Paulão pode ter sido induzido na questão do empréstimo, caso fique comprovado. O Paulão é um dos mais brilhantes parlamentares daquela Casa”, destacou Judson Cabral.

De acordo com o deputado estadual, em momento algum Paulo Fernando dos Santos utilizou a Assembléia Legislativa do Estado de Alagoas para enriquecimento ilícito. Judson Cabral ainda avaliou as declarações do superintendente da Polícia Federal, José Pinto de Luna, que no dia de ontem chamou o deputado estadual Ricardo Nezinho de “cara de pau”. Nezinho também pode vir a ser indiciado pela Polícia Federal.

Segundo petista, a Assembléia Legislativa já vive um momento complexo, polêmico e delicado. “A Polícia Federal tem seu valor investigativo, agora o que não pode é o julgamento público e o juízo de valor, que gera um clima ruim. Quando parte para este campo não é algo bom. O clima de tensão desvirtua o processo importantíssimo das investigações e pode acarretar em conflitos. A sociedade já está em um clima psicológico de condenação”, salientou.

Cabral avaliou também que a Polícia Federal – com a Operação Taturana – vem desencadeando um trabalho importante para passar o Legislativo a limpo. “Agora, é necessário limitar as ações ao campo da investigação”, finalizou Judson Cabral. A PF investiga um esquema fraudulento que teria desviado mais de R$ 280 milhões do Poder Legislativo. De acordo com o inquérito, entre os indiciados já estão 12 deputados estaduais. O número vai aumentar.

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