Almeida diz que sofre de ‘excesso de bondade’

Durante evento na manhã desta quarta-feira, 23, o prefeito Cícero Almeida (PP), que deve depor na tarde de hoje ao delegado Janderlyer Gomes, da Polícia Federal, no inquérito que apura o desvio de mais de R$ 280 milhões da folha de pagamento da Assembléia Legislativa, disse que sua intimação ocorreu porque ele sofre de ‘excesso de bondade’ e que ‘a palavra não foi descartada do seu vocabulário’.

Almeida fez questão de ressaltar que o que está sendo julgado não é o seu trabalho, nem o da sua equipe, à frente da administração municipal e sim o período em que permaneceu como deputado estadual. “Assim que cheguei à assembléia disse que queria o que fosse de direito e nada mais. Como deputado, atendi cerca de 90 mil pessoas, nas minhas três clínicas, fui um dos deputados mais assíduos, comparecendo a 312 sessões, e não cometi nenhum ato de irregularidade”, afirmou.

Entre as afirmações mais contundentes prestadas por Almeida durante o discurso estava a de que a solicitação do empréstimo de R$ 120 mil ( que segundo o prefeito foi entregue ao deputado federal Chico Tenório) se deu por meio de um ato infantil, e que à época ele temia – caso se recusasse a solicitá-lo – ser prejudicado ou retaliado.

O prefeito de Maceió, líder em todas as pesquisas de intenção de votos, voltou a dizer que não pode ser “jogado na vala comum daqueles que prejudicaram o Estado” e acusou os adversários políticos de usarem este momento como material contra ele. “O que eles puderem fazer para desmoralizar a gente vão fazer visando desestabilizar 2010”, afirmou Cícero Almeida.

O prefeito invocou suas raízes humildes e voltou a afirmar que toda a sua família sofre de excesso de bondade e que apesar de ter sofrido muito nos últimos dias – quando a Operação Taturana chegou a Almeida – disse que não pretende decepcionar a família nem as pessoas que acreditam nele.

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