Cavalcante acusa deputado pelo assassinato de Dimas Holanda

Danielle Silva/Alagoas24HorasAdvogado do deputado João Beltrão, José Fragoso, disse que acusação é frágil

Advogado do deputado João Beltrão, José Fragoso, disse que acusação é frágil

Em depoimento aos juízes da 17ª Vara Criminal da Capital, no Fórum do Barro Duro, o ex-coronel Manoel Cavalcante, arrolado como testemunha de acusação no assassinato do bancário Dimas Holanda, morto em 1997, confirmou que foi o deputado estadual João Beltrão o mandante do crime.

De acordo com José Fragoso, um dos advogados do parlamentar, a acusação do ex-coronel é frágil, já que em outros depoimentos ele teria atribuído a autoria intelectual do assassinato a outras duas pessoas, entre elas o ex-governador Manoel Gomes de Barros. “O depoimento é volúvel e recheado de contradições”, disse o advogado.

Luis Vasconcelos, promotor do Ministério Público Estadual, que acatou a denúncia contra Beltrão, disse que Cavalcante só reafirmou o que já havia dito e narrou detalhes do crime, que não podem ser revelados em razão do segredo de justiça. Segundo Vasconcelos, Cavalcante teria sabido do crime por meio de pessoas que participaram do homicídio. “As provas são primadas por elementos”, frisou o promotor.

O ex-coronel volta na madrugada desta terça-feira para o presídio de segurança máxima de Catanduvas, no Paraná, acompanhado de três agentes penitenciários federais.

No Fórum do Barro Duro ele chegou a se reunir durante cerca de dez minutos com a filha e um dos irmãos, Adelmo Cavalcante, que voltou a protestar com relação ao fato de Cavalcante não estar recebendo o tratamento adequado no presídio em razão de problemas de saúde. “Meu irmão foi jogado no presídio como um animal, não sei como ele ainda não se enforcou", desabafou.

Ainda nesta tarde depôs outra testemunha, Clécia Oliveira, apontada como pivô do crime. Clécia negou as informações de que teria um envolvimento amoroso com a vítima e com o acusado pela autoria intelectual do crime.

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