Desde a primeira quinzena de junho, as maternidades públicas de Maceió oferecem uma equipe mínima para atender as gestantes que entrarem em trabalho de parto durante o final de semana. O resultado foi alcançado devido à interferência da Defensoria Pública de Alagoas em agilizar o Promater, um programa de incentivo do Governo Estadual com a complementação municipal que tem por objetivo principal servir de meio para consolidar o atendimento às gestantes que terão partos normais e cesarianas de baixo e médio risco com a presença de uma equipe mínima.
“Acontecia de chegar o final de semana e a gestante não encontrar maternidade com equipe suficiente para atendimento, por vezes nem um anestesista. Terminavam indo para a Santa Mônica e o Hospital Universitário que são de alto risco, e que obrigatoriamente contém uma equipe de plantão, mas congestionava ainda mais o sistema”, explica o Defensor Público, Ricardo Melro.
Segundo o Defensor, foram necessárias cinco audiências públicas, realizadas na sede da Defensoria Pública para que fosse lançado o Promater. Nas reuniões, estiveram presentes representantes da Secretaria Municipal e Estadual de Saúde, do sindicato dos Hospitais, hospitais públicos e particulares credenciados.
Também ficou acertado que os recém-nascidos que precisarem de transferência nos limites do município de Maceió, este disponibilizará pediatras para acompanhar as crianças no veículo do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). “Antes, quem estava fazendo as transferências eram os pais, muitas vezes utilizavam táxi”, diz o Defensor. Os casos de transferências fora dos limites de Maceió, terão acompanhamento de agentes do Estado, afirma o Defensor.
Outro ponto preocupante entre os representantes que participaram das audiências é o caso da curetagem, que antes só eram realizadas no Hospital Sanatório. Com o Promater, será feito diariamente, inclusive nos finais de semana, nas maternidades Nossa Senhora de Fátima e São Rafael, e, no período noturno, na Paulo Neto.
O município de Maceió irá complementar a proposta do repasse de verba do Estado no valor de 40% dos valores destinados para a capital alagoana.
“Mais uma vez Defensoria Pública do Estado interveio perante os entes públicos com o objetivo de melhorar o atendimento da população. Esperamos que com isso as gestantes e os neonatos possam ser melhor atendidos, evitando-se não só a superlotação das maternidades, mas, principalmente, riscos à saúde dos pacientes”, pontua o Defensor Público Geral, Eduardo Antônio Lopes..
