Comandante da PM defende Polícia cidadã

O procurador-geral de Justiça em exercício, Francisco Sarmento, recebeu hoje a visita do comandante geral da Polícia Militar de Alagoas, coronel PM Deraldo Barros, e do coronel José Praxedes. Durante a visita, na sede do Ministério Público Estadual, acomanhada pelo cehfe da Assessoria Militar do MP, coronel Ivon Berto, o procurador-geral pediu informações sobre como estão sendo apurados os casos de excessos praticados por militares durante as abordagens policiais e no tratamento com os presos.

Sarmento observou que “abordagens mal feitas causam atritos e como servidor público o policial tem obrigação de tratar bem a população e fazer uso da força só em último caso”. O procurador-geral em exercício comentou ainda que nem todos os policiais agem da mesma forma, a conduta violenta, truculenta de alguns não é a regra. “Muitos policiais agem com prudência, durante as abordagens, depende muito da base familiar, da educação e da formação do policial”.

O comandante da PM reconheceu que é preciso melhorar, investir mais da formação dos policiais, para ter uma polícia cidadã. Ele disse que está acompanhando pessoalmente as denúncias de excessos praticados por policiais. Além disso, anunciou que estará se reunindo com os demais integrantes do comando da PM para discutir a questão das promoções de alguns oficiais.

Deraldo Barros disse ainda que não é fácil fazer o policiamento do Estado com um efetivo insuficiente. Ele conta com 8,2 mil homens, mas precisaria de 16 mil. Mesmo assim, diz que tem feito o possível para melhorar o policiamento nos municípios e nas ruas da capital. Ele destacou operação de combate à criminalidade bem sucedidas realizadas em Arapiraca e na periferia de Maceió, nos locais de maior incidência de casos de violência.

Para o comandante da PM, a situação da segurança pública no Estado é crítica, mas não é desesperadora. “O trabalho de inteligência e de integração das policiais Civil, Militar, Federal e Rodoviária Federal, além do apoio da Força Nacional e do Ministério Público, tem contribuído para desvendar vários casos e prender várias quadrilhas, o problema é que o crime não pára”, desabafou o coronel.

O procurador-geral em exercício reconheceu o esforço da PM de fazer cumprir a sua missão constitucional. Para Francisco Sarmento, o problema é conjuntural, na medida que há carência de emprego, má distribuição de renda, baixa escolaridade, as demandas sociais se avolumam e a violência eclode. “É preciso investir mais na prevenção, na educação de jovens e adultos, para evitar que tenhamos de continuar gastando cada vez mais no combate à criminalidade”.

Fonte: Assessoria/MP

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