APL Móveis pode ser extinto em Alagoas

A Associação dos Moveleiros do Agreste (Amagre) denuncia o clima de apreensão generalizada entre os empresários do setor diante da possibilidade do Sebrae e da Secretaria de Planejamento suspenderem o Arranjo Produtivo Local (APL) Móveis, que tem atuação em Arapiraca e Palmeira dos Índios.

Esta possibilidade foi tornada pública, semana passada, pelo presidente do Sebrae em Alagoas, Marcos Vieira. Ele afirma que todos os APLs serão avaliados e qualquer um deles pode ser descontinuado. A medida é vista pela Amagre como uma forma de retaliação pela derrota nas eleições deste mês da candidata da situação, Jerlane Almeida, à presidência do Sindicato das Indústrias de Marcenaria, Móveis e Esquadrias de Alagoas. O próximo presidente, recém-eleito, é o empresário Roberto Pimentel Lopes, que recebeu apoio maciço das empresas arapiraquenses.

"Estamos preocupados com a possível extinção do APL Móveis, uma vez que podemos perder o apoio técnico que o ramo moveleiro tem aqui em Arapiraca. Outro golpe forte que recebemos foi a suspensão, pelo Sebrae, da missão técnica para a Formóbile, em São Paulo. O Sebrae ia entrar com uma contra-partida, mas acabou cancelando, inviabilizando a ia de cerca de vinte empresários para a feira brasileira mais importante do ramo de móveis. Isso tudo aconteceu após o resultado da eleição", explica Mário de Oliveira, presidente da Amagre.

"Também contávamos com uma promessa da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas da publicação de um caderno mobiliário com os móveis apresentados na Décor Agreste, que se encerrou no dia 25. Acontece que a ação foi bloqueada uma vez que a Fiea suspendeu os vinte e seis mil reais que foram prometidos para este projeto", lamenta Oliveira.

A ex-presidente do Sindicato das Indústrias de Marcenaria, Jerlane Almeida, confirmou a promessa feita aos moveleiros para a missão técnica ainda sem sua gestão. "O Sebrae criou a missão técnica, mas depois cancelou. Não posso me responsabilizar porque a ação foi do Sebrae", resumiu.

Já Milton Pradines, diretor de comunicação e marketing do Sistema Indústria, informou que não havia previsão oficial de patrocínio para os empresários que iriam para a Formóbile, como também para a publicação da Décor Agreste.

Sebrae

De acordo com o gestor do APL Móveis, Gilson Melo, o projeto será avaliado por uma ação conjunta entre Sebrae e governo estadual, através da Secretaria de Planejamento (Seplan), nos próximos dois meses, para verificar a viabilidade desses empreendimentos.

O presidente do Sebrae/AL, Marcos Vieira, informou que dependendo do resultado da avaliação, os APL’s concentrados no Agreste alagoano poderão ser suspensos, caso sejam considerados inviáveis.

Segundo Gilson Melo, essa possibilidade de que o APL Móveis seja considerado inviável é praticamente nula. Ele acredita na continuidade das ações na região. "Pelos resultados positivos obtidos nesses quatro anos de existência, o APL Móveis com certeza permanecerá em atividade. O rendimento é satisfatório e por isso há uma possibilidade dessas ações serem ampliadas para outros municípios e um deles será Maceió", confirmou Melo.

Imbróglio

Pelo menos duas coisas são certas: as informações são desencontradas e o protesto da categoria é legítimo.

Fonte: Assessoria

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