Durante a manhã desta quinta-feira (31), o superintendente da Sudene, Paulo Fontana, explicou a um público de empresários, industriais, e gestores públicos, os instrumentos de ação da autarquia. O encontro ocorreu na Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea), numa realização da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico, Energia e Logística (Sedec).
Paulo Fontana iniciou sua palestra esclarecendo sobre o início dos trabalhos desenvolvidos pela Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste, a recente formação da diretoria; o processo de plano de cargo e carreira; o desentrave da regulamentação da Adene. “Estamos há 5 meses, buscando que o ‘bebê’ cresça”, destaca o superintendente.
“Hoje dispomos de recursos, mas faltam projetos”, afirma, explicando que isto motivou a execução dessa ação de levar o conhecimento aos empresários de toda a região atingida pela Sudene. Antes de Alagoas, a diretoria da Autarquia esteve nos estados da Bahia e Minas Gerais, que renderam resultados positivos. Após a realização da exposição dos benefícios, observou-se a entrega de requerimento na Superintendência pelos estados visitados, e observou: “sentimos que os empresários desconhecem os incentivos e linhas de financiamento”.
Como linha de financiamento, Paulo Fontana expôs os benefícios do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), como os juros mais baixos do mercado, com a taxa de 6,4 %. O recurso do FDNE para este ano é de R$ 1,3 bilhão. Esse financiamento tem como prioridades as áreas de energia; transportes; telecomunicações; portos e terminais; produção de gás; abastecimento de água e esgotamento sanitário, etc. “Já temos 9 projetos na área de energia, com o valor total de investimento de R$ 1 bilhão, em que a Sudene é responsável por metade deste valor”, destaca.
Para o secretário do Desenvolvimento Econômico, Energia e Logística, Luiz Otavio Gomes, o estado de Alagoas precisava de um instrumento de desenvolvimento como a Sudene. O secretário aproveitou e citou a necessidade da autarquia estar junto aos estados do Nordeste e do Norte quanto à reforma tributária, que pretende extinguir os incentivos concedidos como forma de atração. Segundo o secretário, por causa das diferenças socioeconômicas entre os estados, há uma necessidade de discutir e defender a criação de um fundo de compensação para que as regiões Nordeste e Norte tenham as mesmas condições do Sul e Sudeste.
O presidente da Federação das Indústrias, José Carlos Lyra, afirmou que o Nordeste historicamente tem enfrentado dificuldades e a Sudene deve ser a porta para o desenvolvimento. “O setor produtivo está otimista”, finaliza o presidente.
O encontrou contou com a presença dos secretários de estado da Agricultura, Jorge Dantas; do Turismo, Virgílio Loureiro; da Ciência e Tecnologia, Kátia Born; da Mulher e Cidadania, Wedna Miranda, além dos adjuntos da Fazenda, Planejamento e Orçamento, e Infra-estrutura.
