Oficiais de Justiça fazem levantamento sobre ocupação no Ernesto Maranhão

Sionelly Leite/Alagoas24HorasMajor Ivan Aleixo destaca para remoção pacífica das famílias

Major Ivan Aleixo destaca para remoção pacífica das famílias

O major Ivan Aleixo, do Centro de Gerenciamento de Crises da Polícia Militar de Alagoas, e mais dois oficiais da Justiça Federal já se encontram no Conjunto Residencial Ernesto Maranhão, na parte alta da cidade de Maceió. De acordo com Aleixo, o prazo para a desocupação das casas já expirou, mas o major espera que os moradores saiam espontaneamente, sem necessidade de confronto, já que se trata de uma questão social.

Ivan Aleixo vai acompanhar os oficiais da Justiça Federal, que farão um levantamento preciso sobre a ocupação no Ernesto Maranhão e remetê-lo à juíza federal Cinthia Brunetta. A juíza, que determinou a desocupação até a sexta-feira, 1º, pretende analisar o relatório e em seguida dar recomendações à Caixa Econômica Federal. O objetivo do relatório é identificar quantas famílias estão no local, quantas casas foram ocupadas de fato, já que há denúncias de pessoas que invadiram para comercializar as residências.

Os números sobre a quantidade de famílias no Ernesto Maranhão ainda são divergentes. Algumas lideranças sindicais, que se encontram no local, apontam 400. Outros indicam números que ultrapassam as 500 famílias. Os oficiais devem ainda fazer um levantamento dos bens das famílias e quantas podem pagar pelas residências, caso seja firmado um convênio.

A maioria dos invasores são funcionários públicos estaduais e municipais. Neste momento, o representante do Centro de Gerenciamento de Crises se encontra reunido com os oficiais, um dos advogados que representam os interesses dos moradores e lideranças de diversos sindicatos. Tudo indica que não haverá remoção de famílias no dia de hoje.

De acordo com o advogado dos invasores, Flávio Chaves, são 496 famílias que se encontram nesta situação. A Caixa Econômica Federal reconhece que apenas 70 se encontram inscritas no PAR. Os moradores alegam que podem pagar – desde que firmado um convênio – pelas casas, permanecendo, portanto, nas residências.

Eles se encontram no Ernesto Maranhão desde o dia 8 de julho. Flávio Chaves – em entrevista – confirmou que algumas famílias que ocuparam o residencial estão comercializando os imóveis, mas que estas já foram denunciadas. Os invasores argumentam ainda que o conjunto residencial se encontra abandonado há cinco anos.

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