Sanguinetti volta a questionar laudo oficial em depoimento

Sionelly Leite/Alagoas24horasSanguinetti depõe acompanhado do advogado do casal Nardoni

Sanguinetti depõe acompanhado do advogado do casal Nardoni

O vereador por Maceió e médico legista George Sanguinetti está depondo na manhã desta quinta-feira, dia 7, no Fórum do Barro Duro ao juiz da 6° Vara Criminal da Vara da Capital, Diógenes Tenório, sobre a contestação dos laudos oficiais do Instituto de Criminalística de São Paulo no caso Isabella Nardoni, de 5 anos, ocorrido em março deste ano.

Sanguinette foi contratado pela defesa do casal Ana Carolina Jatobá e de Alexandre Nardoni – madrasta e pai de Isabella Nardoni – para que fosse analisado o laudo oficial do crime, que aponta que a menina foi estrangulada pela madrasta e jogada do edifício pelo pai e que antes de arremessá-la ainda cortou a rede de proteção de uma das janelas.

O depoimento está sendo acompanhado pelo advogado de defesa do casal Nardoni, Marco Polo Levorin, além do promotor do caso, Francisco Cembranelli, e das promotoras de Alagoas Neide Camelo e Marília Cerqueira. O depoimento será remetido à Justiça de São Paulo através de carta precatória.

Em depoimento, George Sanguinetti afirma que o laudo formulado por sua equipe aponta para uma vulnerabilidade do local, o prédio onde aconteceu o crime, para presença ou não de uma terceira pessoa, mas não pode precisar se havia uma terceira pessoa no local, como afirma os acusados.

Quanto ao laudo necroscópico, Sanguinetti ressalta que foi realizado em cima de fotos e questiona a perícia oficial feita no dia do crime. Para ele, Isabella não foi morta por asfixia, como aponta o laudo feito pela equipe de peritos de São Paulo. Ele alega também que chegou a periciar o apartamento do casal Nardoni, no Edifício London – Zona Norte de São Paulo –, 40 dias após a morte de Isabella e acredita que não houve alteração do local do crime, pois as chaves estavam de posse a Justiça paulistana.

Para o promotor do caso, Francisco Cembranelli, há divergências no laudo apresentado por Sanguinetti, mas não apresenta os pontos divergentes no laudo do legista contratado e da perícia oficial de São Paulo.

O processo que investiga a morte de Isabella Nardoni está em fase final. Ao todo, foram 47 testemunhas ouvidas. Após os depoimentos dos peritos contratados pela defesa, cada uma das partes – defesa e acusação – terá cinco dias para apresentar as alegações finais. Depois isso, o juiz tem mais dez dias para decidir se o casal vai a júri popular.

Na última terça-feira, dia 5, a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Ellen Gracie, negou o pedido de habeas corpus ao casal Anna Carolina Jatobá e Alexandre Nardoni. Os dois são acusados de homicídio doloso triplamente qualificado e fraude processual (alteração da cena do crime).

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