Invasores e Caixa não se entendem sobre desocupação

Priscylla Régia/Alagoas24HorasJuiz Federal Paulo Machado Cordeiro recebe representantes da Caixa e Ernesto Maranhão para audiência de conciliação

Juiz Federal Paulo Machado Cordeiro recebe representantes da Caixa e Ernesto Maranhão para audiência de conciliação

A desocupação do Residencial Industrial Ernesto Gomes Maranhão foi a pauta de mais uma reunião entre a Caixa Econômica Federal e ocupantes do conjunto. Na tarde desta quinta-feira, 28, as partes compareceram a uma audiência de conciliação na 3ª Vara da Justiça Federal, conduzida pelo juiz federal titular, Paulo Machado Cordeiro.

Durante a reunião, os representantes da Caixa Econômica, voltaram a afirmar que a CEF não abrirá mão da desocupação – marcada para o dia 4 de setembro – que deve acontecer sem nova prorrogação.

Se de um lado a Caixa se mostrou irredutível na decisão sobre a necessidade da desocupação, do outro, os ocupantes também estão determinados a esgotar todas as possibilidades de negociação para permanecer no local. “Estamos dispostos a assumir todas as despesas da reforma das casas e pagaremos o valor estipulado sem nenhum ônus para a Caixa”, argumentou um dos invasores.

Segundo eles, a única contrapartida é que a CEF conceda quatro meses de carência, prazo suficiente para que sejam formalizados os contratos e transferência dos imóveis. Apesar de as propostas ainda estarem sendo discutidas os representantes da CEF parecem decididos a manter a decisão, alegando – inclusive – que contrataram uma construtora para realizar as reformas no conjunto.

A prioridade para o arrendamento dos imóveis continuará sendo para as pessoas que estão inscritas e não invadiram as unidades habitacionais. Entretanto, os imóveis que sobrarem, resultado de desistências, poderão ser sorteados entre os invasores devidamente cadastrados e compatíveis com os padrões estabalecidos.

Decisão judicial

Sem acordo para a desocupação dos imóveis, continua a valer a sentença já proferida pelo juiz federal titular da 3ª Vara, Paulo Machado Cordeiro, para a reintegração de posse das casas à Caixa. A partir do dia 4 de setembro, caso as famílias não se retirem voluntariamente, caberá à Polícia Militar, por meio do Centro de Gerenciamento de Crises, junto com outras unidades militares, a Polícia Federal, Corpo de Bombeiros e oficiais da Justiça Federal fazer o trabalho de desocupação em qualquer data, após o fim do prazo.

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