O delegado Janderlyer Gomes ouviu nesta quinta-feira, 18, o depoimento de mais três pessoas cujos nomes estão ligados a deputados indiciados na Operação Taturana. Dentre os depoimentos colhidos, o da funcionária da prefeitura municipal de Maceió, Gercina Soares da Silva, chamou atenção.
Segundo o delegado, o nome de Gercina – que trabalha como servente – teria aparecido em diversos cheques depositados na conta de uma factoring, utilizada pelo deputado afastado Ahtur Lira, em 2006. “Os laudos indicaram que havia diversos cheques, num total de R$ 2.360, no nome da servidora pública para a factoring. Em seu depoimento ela afirmou que nunca trabalhou na Assembléia Legislativa e que não sabia como isso teria acontecido”, disse o delegado.
Enquanto tentava lembrar qualquer ligação com o deputado, a funcionária pública revelou que durante as eleições para deputado estadual, em 2006, teria participado de um cadastro do assessor de Lira, para receber R$ 30 em troca do voto.
“Esta foi o elemento que faltava para ligarmos os fatos. O nome dela, assim como o nome de uma série de pessoas foi utilizado desta forma, através de cadastros”, frisou o delegado, acrescentando que as informações podem render desdobramentos no que diz respeito ao crime de compra de votos.
