Obras do PAC geram 15 mil empregos em AL

AssessoriaObras devem aquecer mercado alagoano

Obras devem aquecer mercado alagoano

Os números são grandiosos, assim como os objetivos que se quer alcançar com as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em Alagoas, a maioria delas já em andamento. Ao todo, o PAC irá destinar ao Estado R$ 2,5 bilhões só para obras e deve gerar 3 mil empregos diretos mais 12 mil empregos indiretos, de acordo com estimativas da construção civil.

De todas as obras do PAC em Alagoas, a que vai consumir a maior quantidade de recursos e beneficiar diretamente o maior número de pessoas é o Canal do Sertão, que vai unir 33 municípios, ligando Delmiro Gouveia a Arapiraca, no Agreste. Até 2010 serão investidos nas obras do Canal R$ 593 milhões, o que será suficiente para a construção dos 100 quilômetros iniciais.

Hoje o Canal já tem 25 quilômetros concluídos e as obras estão no quilômetro de número 34. “Após a conclusão dos 100 quilômetros iniciais, cerca de 400 mil pessoas serão beneficiadas com abastecimento de água para consumo próprio, irrigação de lavouras, criação de peixes, entre outras atividades”, garante o secretário-adjunto da Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra), Fernando Nunes.

De acordo com ele, a construção do Canal gera 700 empregos diretos, e a previsão é que essa primeira etapa da obra seja inaugurada até 2010. “Mas antes disso, no fim do primeiro semestre de 2009, já haverá dois perímetros irrigados”, avisa Fernando Nunes. Ao todo o Canal do Sertão terá uma extensão de 250 quilômetros.

Os recursos do PAC também incluem a urbanização do Vale do Reginaldo, em Maceió, num total de R$ 120 milhões investidos, sendo R$ 60 milhões de contrapartida do Estado.

Na região do Vale do Reginaldo serão construídas 1512 moradias, além de escola, creche, praças e posto de saúde. As famílias que vão receber as casas já foram cadastradas pela antiga Agência de Habitação de Alagoas. Essas obras devem ser finalizadas em 2010.

Orla Lagunar — Os investimentos do PAC também prevêem a reurbanização da orla da lagoa Mundaú, em Maceió. Na região serão construídas casas para 1181 famílias que atualmente vivem nas favelas Sururu de Capote, Torre e Muvuca. Essas obras devem ficar prontas em 2010 e têm um investimento de R$ 33 milhões. Além das casas, serão construídas escolas, praças e quadras de esporte.

O governo do Estado também já deu início às obras de esgotamento sanitário da Pajuçara e da Baixa Maceió, que têm recursos do PAC, num total de R$ 70 milhões. Conforme Fernando Nunes, o objetivo das obras da Pajuçara, que vão da Jatiúca até Jacarecica, é interligar a rede coletora de esgotos ao emissário submarino. Essas obras também devem acabar em 2010 e farão 35 quilômetros de rede coletora.

Já as obras de saneamento da Baixa Maceió envolvem principalmente o bairro do Vergel do Lago e farão 2500 ligações à rede coletora de esgotos, impedindo que o esgoto corra a céu aberto e chegue à lagoa Mundaú.
O governo do Estado também está fazendo a recuperação dos coletores troncos nos bairros da Jatiúca, Prado e Trapiche da Barra, que vai melhorar o sistema de esgotamento sanitário nessa parte da cidade. Essa obra tem um investimento de R$ 13 milhões e deve ficar pronta no segundo semestre de 2009.

O Programa de Aceleração do Crescimento também já garantiu R$ 13,5 milhões para reforço e substituição dos anéis de distribuição de água em Maceió e outros R$ 10,5 milhões para obras de abastecimento, que devem ser iniciadas até dezembro.

Abastecimento de água — O secretário adjunto, Fernando Nunes, avisa que até o início de novembro será inaugurada a Barragem Helenildo Ribeiro, em Palmeira dos Índios, obra iniciada há cerca de três anos e que teve investimentos de R$ 67 milhões. “Essa barragem vai garantir o abastecimento de água para aproximadamente 70 mil pessoas e resolver um problema antigo da cidade”, assinala o secretário. Ele informa também que haverá a substituição da rede de canos da cidade, obra que deve começar após o período eleitoral e já tem R$ 5 milhões garantidos.

Nunes informa ainda que entre dezembro de 2008 e janeiro de 2009 será inaugurada, também na região de Palmeira dos Índios, a primeira etapa da Barragem do Bálsamo. A obra completa deverá ficar pronta até o fim de 2009, quando vai permitir a irrigação de 700 hectares de terras e impulsionar a agricultura familiar na região. Até lá serão investidos R$ 70 milhões.

O governo federal, por meio da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf), está realizando obras de revitalização das cidades da calha do Rio São Francisco. A intenção é fazer o esgotamento sanitário e o saneamento para impedir que os rios e riachos que passam por essas cidades levem esgoto e dejetos até o São Francisco.

Além das obras incluídas no PAC, o governo do Estado está viabilizando outros recursos junto ao governo federal, entre eles estão os recursos que vão garantir a construção de um viaduto em frente ao Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares, além da construção do aeroporto de Maragogi.

Outra obra em Alagoas que não está dentro do PAC é a duplicação da AL-101 Sul, no litoral do Estado. Atualmente está sendo feita a avaliação dos imóveis que serão desapropriados. Essa obra tem um investimento de R$ 140 milhões e deve ficar pronta em dois anos. Fernando Nunes avisa também que já há um projeto para duplicação da AL-101 Norte, que liga Maceió à Barra de Santo Antônio.

“O governador Teotonio Vilela está tentando obter recursos do governo federal para a construção da Estrada do São Francisco, que vai ligar Piranhas a Penedo”, observa Fernando Nunes, que completa: “Essa obra vai criar um novo roteiro turístico no Estado e promover a geração de emprego e renda a partir do turismo”.

De acordo com ele, o porto de Maceió também vai passar por reformas: há um projeto de dragagem, para aumentar a profundidade da calada, construção de um terminal de passageiros e cais de contêineres. “Para essa obra o governador também está tentando obter recursos do governo federal, inclusive do PAC”, ressalta Fernando Nunes.

Ele destaca que um convênio entre o governo do Estado e a Caixa Econômica Federal vai construir 2 mil casas no interior. As obras devem ser iniciadas até outubro e vão beneficiar os seguintes municípios: Chã Preta, Campo Alegre, Delmiro Gouveia, Feliz Deserto, Marechal Deodoro, Viçosa, Arapiraca, Junqueiro, Messias, Coruripe e Boca da Mata.

Fonte: Assessoria

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