Preso PM acusado de 40 estupros

Rio – Policiais da 58ª DP (Posse) prenderam ontem, em Mesquita, na Baixada Fluminense, o policial militar reformado José Wilson Galvão da Silva, 55 anos, acusado de ser o maior estuprador do estado. Segundo a polícia, ele é suspeito de ter violentado pelo menos 40 mulheres em áreas de seis delegacias de Nova Iguaçu, Mesquita, Nilópolis e Belford Roxo.

Por meio de uma escuta telefônica autorizada pela Justiça, os policiais chegaram até a casa de José, às 6h, na Rua Cosmorama, em Edson Passos, Mesquita. Eles tinham um mandado de prisão expedido pela 7ª Vara Criminal de Nova Iguaçu. O PM reagiu e deu dois tiros na direção dos policiais, mas ninguém se feriu.

23 CELULARES

A casa foi invadida, e o policial, preso. Dentro da residência foram encontradas quatro armas, uma réplica de pistola, munição, coldres, 23 celulares, cordões, pulseiras, agendas e brincos, que podem ter sido roubados das vítimas.

O delegado da 58ª DP, Geraldo Assed, disse que Wilson Galvão atuava desde 2003, quando estuprou sua primeira vítima, em Nova Iguaçu. Elas tinham entre 13 e 25 anos e geralmente eram atacadas à noite e quando estavam desacompanhadas.

TOUCA E PERUCAS

Para abordar as vítimas, Wilson Galvão usaria um gorro preto e um Gol branco, que foram apreendidos. Ele, que teria também perucas em casa, ameaçaria as mulheres com um revólver e as obrigaria a entrar no carro.

Algumas foram levadas para um cativeiro, numa casa do bairro Jardim Anápolis, em Belford Roxo, e outras foram estupradas no carro.

Para chegar até o acusado, os policiais rastrearam as ligações feitas pelo celular de uma das vítimas. Segundo o delegado Geraldo Assed, após violentar as mulheres, o acusado roubaria objetos pessoais das vítimas como um troféu. Ontem 12 mulheres reconheceram na 58ª DP o policial como o autor dos estupros.

Vítimas sofreram com crise nervosa

Teresa Pezza, titular da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) de Nova Iguaçu, disse que há 25 inquéritos de estupro que apontam Wilson Galvão como autor.

Segundo a delegada, quatro mulheres reconheceram o PM reformado como o estuprador e, logo após terem visto o acusado, tiveram uma crise nervosa. “Uma não teve condições de entrar na sala de reconhecimento, pois viu uma foto dele e começou a chorar copiosamente”, lembra a delegada. A partir de hoje, a Deam de Nova Iguaçu começa a ouvir as outras 21 vítimas e a providenciar o reconhecimento.

O PM reformado negou as acusações e alegou ter tido 30 anos de bons serviços. “Não sei nada sobre isso. Recebi medalhas por bravura e servi em várias unidades da PM, sempre com um bom trabalho”, disse, chorando. Duas das 12 mulheres que reconheceram Wilson ontem não haviam feito registro da violência na época que foram atacadas. “Os crimes têm poucos registros. Mesmo assim, acreditamos que ele tenha feito mais de 40 vítimas”, afirmou Assed.

O DIA/RJ

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