Parada do orgulho gay lota Copacabana

A orla de Copacabana foi tomada neste domingo (12) à tarde por 20 trios elétricos e uma multidão durante a realização da 13ª Parada do Orgulho Gay. Este ano, o tema principal foi o combate à homofobia e a defesa do projeto de lei que torna crime a discriminação sexual.

O governador do Rio, Sérgio Cabral, participou da abertura do evento. O governo federal esteve representado pelos ministros Carlos Minc, do Meio Ambiente, e Edson Santos, da Igualdade Racial.

Minc frisou que já foi autor de inúmeras iniciativas de combate ao preconceito e ressaltou que este foi o décimo ano em que compareceu à parada. “O Rio é o campo da biodiversidade, que deve ser preservada em todos os seus sentidos”, disse.

Para Edson Santos, os debates em torno dos direitos civis dos homossexuais ganharam espaço privilegiado durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “A postura do governo em defesa da tolerância e coibindo todas as manifestações de agressão é o caminho para termos um país mais democrático e menos cínico nas questões de opção sexual”.

O presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais, Toni Reis, ressaltou os avanços do setor nos últimos anos.

“Uma grande conquista foi o programa Brasil sem Homofobia, que envolve dez ministérios no governo federal, e outra foi a realização da Conferência Nacional LGBTT [Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais], uma vitória das 146 paradas no país inteiro e do trabalho das mais de 300 organizações não-governamentais”, destacou Reis.

O organizador da parada, Cláudio Nascimento, disse que a manifestação é uma forma de chamar a atenção dos parlamentares para as demandas dos homossexuais em todo o país.

“A parada tem sido uma grande resposta da sociedade contra o preconceito de alguns setores fundamentalistas religiosos. É preciso que se aprove a criminalização da homofobia no Congresso Nacional. Queremos que os políticos ouçam a voz do povo, que pede o fim dos assassinatos e da discriminação contra homossexuais sem nenhum tipo de punição”, disse Nascimento.

Para a presidente do Grupo Arco-Íris, Gilza Rodrigues Silva, o momento é de unir forças para aprovar a lei de defesa dos homossexuais no Congresso. “Este ano o objetivo principal é garantir a aprovação do Projeto de Lei 122, que está no Senado, enfrentando barreira dos conservadores. Os avanços ainda são tímidos, precisamos de uma lei maior que garanta nossos direitos”, afirmou Gilza.

Segundo os organizadores, havia 1,5 milhão de pessoas. A polícia não informou o número de participantes.

Agência Brasil

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