Fome no mundo ganha espaço com crise

A fome progrediu no mundo em razão da crise provocada pela escalada dos preços dos gêneros alimentícios em 2007-2008 e atinge hoje 923 milhões de pessoas, segundo estimativas da FAO, a agência da ONU para a Alimentação e a Agricultura.

– Cerca de 923 milhões de pessoas sofrem com a fome no mundo, ou seja, 75 milhões a mais apenas para o ano 2007, um aumento que a FAO atribui principalmente à escalada dos preços dos gêneros alimentícios e dos combustíveis.

– Hoje, 89% das pessoas que sofrem com a fome, 750 milhões, vivem em países da Ásia e da África. Em quinze países africanos, a fome afeta mais de 35% da população.

– Vinte e dois países são "particularmente vulneráveis" ao aumento dos preços em razão de altos níveis de desnutrição crônica (mais de 30 %), de uma forte dependência das importações de produtos derivados do petróleo (100 % na maior parte dos casos) e das importações de cereais.

Trata-se de Eritréia, Níger, Comores, Botsuana, Haiti, Libéria, Burundi, Tadjiquistão, Serra Leoa, Zimbábue, Etiópia, Zâmbia, República Centro-Africana, Moçambique, Tanzânia, Guiné-Bissau, Madagascar, Malaui, Camboja, Coréia do Norte, Ruanda e Quênia.

– A maior parte das 75 milhões de pessoas recentemente afetadas pela subnutrição vive na região Ásia-Pacífico (+41 milhões), seguida da África sub-saariana (+24 milhões) e da América Latina (+6 milhões). O Oriente Médio e a África do Norte fecham a lista com + 4 milhões.

– O índice FAO dos preços alimentares mostra um aumento de 12% em 2006 em relação ao ano anterior e de 24% em 2007, para chegar a 50% nos sete primeiros meses de 2008. A FAO indica que o aumento registrado desde 2002 é o mais forte desde o início dos anos 70.

– Seria preciso no total de pelo menos 30 bilhões de dólares por ano para garantir a segurança alimentar e reativar o setor agrícola, por muito tempo negligenciado, dos países mais afetados, segundo a FAO.

– Segundo o PAM (Programa Alimentar Mundial), a ajuda alimentar internacional caiu em 2008 a seu nível mais baixo em 40 anos mesmo que os países tenham cada vez mais necessidade de ajuda.

Fonte: G1

Veja Mais

Deixe um comentário

Vídeos