Brasil vai à final após oito anos de jejum

globoesporte.comJogadores se abraçam durante a partida

Jogadores se abraçam durante a partida

Foram oito anos de espera. O jejum terminou nesta quinta-feira, no Maracanãzinho, com uma vitória dramática por 4 a 2 sobre a Rússia, no que era considerado o ‘jogo da vida’. Classificada à final da Copa do Mundo de Futsal da Fifa, a seleção brasileira respira aliviada, mas só por pouco tempo.

As derrotas para a Espanha na decisão do título em 2000 e nas semifinais em 2004 estão engasgadas. Elas fizeram o futebol-espetáculo de Falcão & cia mergulhar em um mar de cobranças e provações. Mas o Brasil, invicto nos oito jogos da competição, estudou para a ‘prova final’, que será no domingo, às 10h30m. Os carrascos espanhóis poderão novamente cruzar o caminho. Eles decidem a outra vaga, contra a Itália, às 12h30m.

A seleção entrou em quadra como a grande favorita. Na primeira fase, tinha goleado a Rússia por 7 a 0. Mas a realidade agora era outra. Chegar à decisão era quase uma questão de honra para o time de camisa amarela. E foi preciso mais do que habilidade para superar os russos.

Com dois minutos de jogo, o primeiro lance de perigo: Schumacher chutou na trave. A 16m15s, Gabriel roubou a bola e tocou para Schumacher, na direita. Ele, que fora poupado contra a Ucrânia, marcou o primeiro gol, sem chance para o goleiro Sergey Zuev. Todos os jogadores saíram do banco para parabenizá-lo.

A 12m37s, Falcão recebeu na área, após uma roubada de bola de Vinicius, e chutou forte para ampliar. Com seis minutos para o fim, Gabriel levou cartão amarelo por um carrinho em Khamadiev e, três minutos depois, Falcão levantou a torcida ao dar uma bicicleta e, por pouco, não marcar mais uma vez.

Tiago estava bem no gol, e melhor ainda na reposição de bola. Pela Rússia, o destaque era o brasileiro naturalizado russo Pula. E foi justamente ele quem assustou. Carregou a bola para a direita e chutou entre as pernas de Tiago, diminuindo a vantagem verde e amarela e marcando seu 16º gol na competição.

A dois minutos do fim, Ari fez uma linda jogada pela direita, deixou dois adversários para trás e cruzou na área. Vinicius cabeceou, fez o terceiro gol da seleção e homenageou a esposa grávida.

Rússia pressiona

Na volta do intervalo, Schumacher tomou um susto. Trombou com um jogador russo e levou uma pancada no peito. Logo depois, uma outra pancada, agora no tornozelo, o fez deixar a quadra para receber atendimento e ter de ser substituído definitivamente quando faltavam 11 minutos.

Schumacher ainda tentava jogar quando Khamadiev recebeu sozinho, numa falha da zaga brasileira, e marcou o segundo gol russo, a 14m. A seleção brasileira passou a jogar sob pressão, mas não sucumbiu. Falcão, a 12m para o fim, fez o goleiro Sergey Zuev se esticar todo para defender uma bola.

Tiago salvou o Brasil em dois lances. Primeiro, saiu do gol e evitou a conclusão de Khamadiev. Depois, espalmou um chute perigoso. A maior chance brasileira foi a 6m30s, quando Carlinhos roubou uma bola sozinho, tabelou com Vinícius, mas chutou para fora. A Rússia deu o troco. Tiago teve que salvar um chute forte de Maevskiy pela esquerda.

A três minutos do fim, Khamadiev perdeu a chance de empatar. Era um lance na área, na cara de Tiago. Trinta segundos depois, Gabriel recebeu de Lenísio, pela esquerda, e ampliou, fazendo o time respirar aliviado. A 40 segundos do fim, Falcão roubou uma bola no meio da quadra e tentou de longe. Ciço fez o mesmo a 10s. Não precisava mais. A sonhada vaga estava assegurada. Tensão novamente, só no domingo.

Fonte: globoesporte.com

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