Por determinação do delegado-geral de Polícia Civil, Marcílio Barenco, o delegado titular de Porto de Pedras, Antonio Vieira de Barros Filho, será transferido do município. O remanejamento se dá após a descoberta de uma pistola .40, pertencente à Polícia Civil, que estava sob a cautela do delegado, na residência do juiz da 33ª Zona Eleitoral, Rivoldo Sarmento, preso por determinação do Tribunal Regional Eleitoral.
O magistrado, que está preso na Academia da Polícia Militar de Alagoas, depôs na tarde desta quinta-feira, 16, ao juiz corregedor do Tribunal Regional Eleitoral, André Granja, e negou qualquer envolvimento com o suposto esquema para fraudar as eleições em Porto de Pedras.
De acordo com as investigações preliminares, o magistrado teria facilitado o registro de aproximadamente mil títulos de eleitores falsos na cidade. O esquema envolveria, ainda, o prefeito reeleito, vereadores, secretários municipais, e arregimentava eleitores em Maceió, que receberiam R$ 250.
A assessoria da Polícia Civil confirmou o remanejamento de Antonio Vieira de Barros Filho, além de instauração de sindicância para apurar como a pistola da entidade foi parar na casa do magistrado. Ainda segundo a assessoria, o diretor de área, delegado Rodrigo Rubiale, negou que o remanejamento de Antonio Barros tenha relação com a operação Voto Nulo. Segundo Rubiale, a mudança já estava prevista antes das eleições e atinge outros delegados no Estado.
Quanto à arma do delegado, Antonio Barros teria informado que esqueceu a pistola na residência do magistrado, fato que será purado pela Delegacia Geral de Polícia Civil.
Os acusados, presos durante a Operação Voto Nulo, devem permanecer na carceragem da Polícia Federal em Alagoas até o próximo domingo, quando se encerra o prazo da prisão temporária. Tiveram as prisões decretadas Oséas Mendes de Lima Junior, Oséas Mendes de Limas, Thiago Fonseca Soares, Alisson Delfino Silva, Rogério Farias, José Wanderley Calado e o juiz Rivoldo Sarmento, único a ser levado para a Academia da PM.
