A executiva estadual do Partido Democrático Trabalhista (PDT), em reunião ocorrida na manhã desta segunda-feira, 27, decidiu acatar pedido de retratação do deputado Jota Cavalcante e suspender o processo que solicitava sua exclusão por divergir de orientação partidária.
Em sessão da Assembléia Legislativa, que analisava o envolvimento do governador Teotonio Vilela na Operação Gautama, deflagrada pela Polícia federal, o deputado ficou ao lado do governador, que acabou indiciado pela PF, contrariando resolução do PDT. Na retratação, Cavalcante disse que havia cometido um erro que jamais teve intenção de prejudicar o partido.
A operação da PF investigou o envolvimento da construtora Gautama, de Zuleido Veras, em fraudes e desvio de dinheiro público. Entre os envolvidos está o atual governador de Alagoas, Teotonio Vilela. A Polícia Federal indiciou Vilela por, supostamente, ter recebido R$ 500 mil do esquema comandado por Veras. O Supremo Tribunal Federal solicitou à Assembléia Legislativa autorização para processar o governador, mas os deputados foram contra a abertura do processo.
O presidente do Diretório Estadual do PDT, o ex-governador Ronaldo Lessa, disse que a decisão foi democrática: “Um processo disciplinar interno foi aberto contra o deputado. Ele apresentou defesa, retratou-se, e a Executiva decidiu por encerrar a questão”, afirmou Lessa.
