O deputado estadual Judson Cabral (PT) teceu duras críticas à atuação da Mesa Diretora da Assembléia Legislativa de Alagoas (ALE), que convocou em caráter de urgência a eleição para preenchimento dos cargos da Mesa para o biênio 2009/2010. Para o petista – que havia confirmado o interesse da oposição na Mesa que atuará a partir de fevereiro de 2009 – a convocação da eleição para amanhã, às 11h, não passa de um golpe.
“A convocação imediata da eleição é um golpe da Mesa atual para permanecer no poder. Eu desconheço que a decisão do juiz Gustavo Lima tenha obrigado a Casa a realizar a eleição num passe de mágica”, disse Cabral, caracterizando como antidemocrática a decisão. “Já que o nosso direito de participar do processo eleitoral foi cerceado, o PT não vai se fazer presente ao pleito amanhã”, reiterou o Judson Cabral.
O deputado Paulão também se manifestou contrário à eleição. “Não aceitamos a ausência de publicidade para esta eleição da Mesa. Não há tempo para que a oposição se arregimente e inscreva sua chapa”, alegou Paulão.
Em entrevista coletiva à imprensa, Judson Cabral disse que a eleição foi um parecer encomendado à Procuradoria da ALE e não uma decisão judicial. “Vamos analisar as medidas judiciais cabíveis contra a Mesa Diretora que será formada amanhã”, concluiu.
O deputado Fernando Toledo (PSDB), presidente da Casa, reafirmou que só está cumprindo a decisão judicial e que o parecer da Procuradoria da Casa não foi encomendado. "Jamais exerci pressão sobre a Procuradoria. Não estou feliz com essa eleição, mas determinação judicial se cumpre, e nós sempre cumprimos todas".