PC prende acusados de integrar milícia

Uma operação dos agentes da Delegacia do 9º Distrito Policial começou a desbaratar uma milícia armada que vinha atuando no Jacintinho. O grupo conta com mais de 10 integrantes e vinha cobrando dinheiro em troca de proteção para moradores e comerciantes do bairro. Hoje, dois acusados de pertencer ao bando, foram presos por porte ilegal de arma. A polícia também “estourou” um imóvel que era usado para guardar armas, fardas da Polícia Militar e outros materiais usados pelo grupo.

Segundo o delegado do 9º Distrito Policial, Dalmo Lima Lopes, que coordenou a operação, a milícia já vinha sendo investigada há mais de um mês. Um dos integrantes do grupo chegou a ser preso, acusado de envolvimento num homicídio. Ele foi liberado por determinação da Justiça e assassinado, logo em seguida. A polícia acredita que tenha sido a própria milícia que o executou.

“Na manhã de hoje, recebemos a denúncia de uma senhora que quatro dos integrantes estavam armados. Eles teriam espancado um garoto. Fomos até o local e conseguimos prender dois deles os outros dois conseguiram fugir”, relatou o delegado. Foram presos: José Adriano Clemente, 29, e Esterquino Paulo dos Santos, 52, com quem foram apreendidos dois revólveres. Os outros dois integrantes da milícia que conseguiram fugir foram identificados como sendo Israel e Rodrigo.

Durante o depoimento, José Adriano confessou que tinha recebido a arma de Israel numa sala num prédio localizado na rua Pastor Eurico Calheiros, no bairro do Jacintinho. “Fomos até o local, que estava fechado, mas conseguimos a autorização da dona do prédio para abrir o quarto com a ajuda de um chaveiro. Lá, encontramos duas fardas da PM, coturnos, dois blusões da academia da PM, balaclavas, radiocomunicadores e um rifle”, explicou Dalmo Lima.

A milícia seria composta por seguranças particulares e policiais militares que estariam cobrando dinheiro em troca de segurança em vários pontos do Jacintinho. Os primeiros levantamentos da Polícia Civil revelam que o grupo estaria, inclusive, cometendo homicídios na região. “Já temos outros nomes, mas não podemos divulgá-los agora. Ainda estamos trabalhando para prender todo o grupo e desmantelar essa milícia”, concluiu Dalmo Lima Lopes.

A atuação crimininosa das milícias ficou conhecida em todo o Brasil, em virtude da ação em favelas do Rio de Janeiro, onde policiais, bomeiros e seguranças cobravam dinheiro da população para expulsar e matar traficantes, com a promessa de garantia de segurança.

Fonte: PC

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