PM da ‘gangue fardada’ ficará preso na PF

Cláudia Galvão/Alagoas24horasCúpula da segurança apresenta acusado em grupo de extermínio

Cúpula da segurança apresenta acusado em grupo de extermínio

De acordo com a cúpula da Secretaria de Defesa Social de Alagoas, o soldado da Polícia Militar de Alagoas Manoel Bernardo de Lima Filho estava foragido há mais de 18 anos e de fato integra o “braço armado” da antiga gangue fardada, grupo de extermínio que atou em Alagoas. Manoel Bernardo – ainda conforme informações da Defesa Social – agia em conjunto com o cabo Everaldo (pai da adolescente Eloá), juntamente com outros membros da “gangue da pistolagem” identificados como Everaldo Pereira dos Santos, Cícero Felizardo dos Santos, o Cição, João Gabriel, Jadilson Santos Pereira e José Belaildo dos Santos.

Na manhã de hoje, a cúpula da Defesa Social falou sobre como se deu a prisão de Manoel Bernardo de Lima Filho, ocorrida em São Paulo, na sexta-feira, dia 31. Manoel Bernardo chegou a Alagoas no dia 2 de novembro e se encontra preso na carceragem da Polícia Federal por motivo de segurança, já que se trata de um preso “especial”. A Polícia Federal tem receio de transferi-lo para o sistema penitenciário alagoano por dois motivos: uma possível fuga, ou então que o preso seja assassinado.

A prisão de Manoel Bernardo pode esclarecer crimes, além de chegar a outros membros da “gangue fardada”. O PM foi preso em São Paulo, quando saía de casa para o trabalho. Com o nome de Valdenor Pereira da Costa, o soldado trabalhava em um posto de saúde. Agora, Manoel Bernardo será reintegrado à Polícia Militar para que possa responder a processo e – só então – dentro do prazo de 30 dias, ser expulso em definitivo da corporação da Polícia Militar de Alagoas.

Ele é tido como autor de pelo menos três crimes. Entre eles, o assassinato do pecuarista José Cardoso Albuquerque, ocorrido em 1989. Manoel Bernardo – ainda conforme a Defesa Social de Alagoas – confessa o crime, mas alega que matou o pecuarista durante uma operação policial que visava coibir roubo de gado no interior do Estado. O crime ocorreu na cidade de Palmeira dos Índios.

O soldado foi detido em uma operação conjunta da Polícia Federal de São Paulo e do serviço de inteligência da Defesa Social. Apesar da extensa lista de acusações e de ser apontado como integrante de um grupo de extermínio que agia dentro da “gangue fardada”, que por sua vez tinha ramificações nos poderes constituídos de Alagoas, o ex-soldado tinha “ficha limpa” na corporação.

Indagado sobre o fato, o atual comandante geral da Polícia Militar de Alagoas, coronel Dalmo Sena, colocou que – na época em que Manoel Bernardo supostamente atuava na criminalidade – os antigos comandantes não deveriam ter conhecimento das ações criminosas do bando.

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