Agência espanhola e governo discutem turismo

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O coordenador-geral da Agência Espanhola de Cooperação Internacional no Brasil (AECID Brasil), Pedro Flores Urbano, estará em Maceió nesta sexta-feira (7) para acompanhar os quatro projetos desenvolvidos pela entidade em parceria com o governo de Alagoas há cerca de um ano nas áreas de turismo, agronegócios e planejamento.

Durante toda a manhã, o coordenador da agência participa de reuniões nas secretarias de Planejamento e Orçamento, Turismo e Agricultura. Na pauta das discussões um diagnóstico das ações já implementadas e os próximos passos dos projetos desenvolvidos aqui no Estado nas áreas de turismo sustentável, aqüicultura, microcrédito e inclusão produtiva.

Com um escritório recém-montado em Maceió, a Cooperação Espanhola escolheu a capital alagoana para ser o núcleo que centraliza e coordena os trabalhos desenvolvidos em toda a região Nordeste. Além das ações realizadas aqui, a entidade trabalha em projetos de geração de renda, combate à pobreza e fortalecimento institucional nos Estados da Bahia e Maranhão.

Desde o ano passado, a entidade vem atuando em algumas importantes frentes. São elas: apoio técnico e financeiro na criação da Agência de Fomento do Estado de Alagoas (AFAL); um projeto de desenvolvimento da aquicultura em comunidades carentes em todo o litoral alagoano, a elaboração de um programa de turismo sustentável na região do Baixo São Francisco e fortalecimento institucional da Setur.

Além disso, a cooperação espanhola é quem está financiando a consultoria da organização Corpovisionários, que tem como liderança o professor Antanas Mockus, para a elaboração e implantação do programa de combate à violência e geração de renda na capital alagoana.

A atuação da cooperação em Alagoas é resultado de uma articulação do governador do Estado, Teotonio Vilela Filho, que convidou a agência para desenvolver trabalhos em parceria assim que assumiu o mandato.

PROJETOS – No projeto de desenvolvimento da aqüicultura e pesca, a agência está finalizando um mapeamento completo das potencialidades do Estado. Do ano passado para cá uma missão alagoana formada por técnicos das equipes da Secretaria da Agricultura, Câmara Setorial, do APL de Piscicultura, Embrapa, Codevasf e mais dois representantes da iniciativa privada viajaram para a Espanha para conhecer melhor a produção de pescados do país.

A agência também trouxe para Alagoas o consultor espanhol, Miguel Lastres, para traçar um diagnóstico da depuração de ostras, massunim e sururu produzidos em Alagoas. O resultado desse trabalho foi a decisão de construir uma unidade de beneficiamento de pescado. Além da inclusão produtiva de famílias carentes, esse projeto tem como objetivo final a fabricação de produtos alagoanos de alto valor agregado. Um deles seria o sururu em conserva.

Uma outra ação importante que recebe o apoio da entidade é a criação da agência de fomento. Bancados pela cooperação espanhola, com contrapartida do governo, já foram realizadas consultorias diversas. Além disso, os espanhóis estão entrando com aporte financeiro de US$ 700 mil para fortalecimento institucional da AFAL.

O projeto em parceria com Banco Interamericano do Desenvolvimento (BID) e Secretaria de Turismo busca desenvolver o setor em toda a Costa Doce de Alagoas e prevê a aplicação de US$ 2,8 milhões. Entre as atividades previstas estão a capacitação dos empresários e um levantamento da gastronomia do ao Francisco para a criação de uma identidade regional.

Sobre a Agência — A Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento é um órgão do governo espanhol, vinculada à Embaixada da Espanha no Brasil. Ela atua em diversos países da América latina e na África com o objetivo de reduzir a pobreza e as desigualdades sociais do mundo. Cerca de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, que deve chegar a US$ 1,3 trilhão este ano, é destinado pelo governo ao trabalho desenvolvido pela Agência fora da Espanha.

No Brasil ela atua no Nordeste, justamente porque uma das regiões brasileiras mais pobres. Os especialistas espanhóis contribuem para o fortalecimento institucional do governo federal dando consultoria à Justiça e à administração pública.

Fonte: Milena Andrade/Ascom Seplan

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