Os ambulantes que comercializam produtos nas barracas da orla marítima de Maceió resolveram travar o que eles acreditam ser a última briga com a prefeitura de Maceió pelos espaços destinados a construção de quiosques. Está marcado para amanhã na sede da Comissão de Licitação Única e Permanente do Município de Maceió (CLUP), a escolha dos inscritos no processo licitatório que vão ocupar 15 vagas disponíveis para as barracas de tapioca.
Entre os ambulantes o sentimento é de revolta e tristeza. “Não temos como competir com pessoas que vem de fora do Estado. Enquanto damos um lance de mil reais, existem casos de pessoas que ofereceram até R$ 35 mil pela barraca. Quem se dedicou a vida toda ao seu negócio nem acredita que vai jogar tudo fora de forma tão injusta”, disse Iran Pedro, proprietário da Tapioca Maria Bonita, na Jatiúca, que trabalha no local há 15 anos.
“Esse processo licitatório é extremamente desgastante. Enquanto uns tem dinheiro guardado para investir, nós que trabalhamos para sobreviver não temos o que oferecer. Por isso estamos apelando para que estas pessoas deixem os profissionais permanecerem com suas barracas e retirem suas propostas” disse o vice-presidente da Associação dos Prestadores de Serviços da Orla Marítima, Flávio Trajano.
Nesta terça-feira, 18, os ambulantes farão uma caminhada com saída do Alagoinhas, na Ponta Verde, até o gabinete do prefeito Cícero Almeida, para tentar negociar o processo. A caminhada está marcada para as 8h.
