Polícia faz reconstituição de seqüestro de Eloá

Reprodução/TV GloboNayara ficou em cativeiro com Eloá

Nayara ficou em cativeiro com Eloá

A estudante Nayara Silva, de 15 anos, participa nesta quarta-feira (19), as 10h, da reconstituição do desfecho do seqüestro dela e da amiga Eloá Pimentel, em Santo André, no ABC. Segundo o advogado da adolescente, Marcelo Augusto de Oliveira, a psicóloga da garota irá acompanhá-la. Em outubro, a jovem e Eloá foram mantidas reféns por Lindemberg Alves, de 22. No desfecho trágico, as duas foram baleadas.

A data da reconstituição foi confirmada pelo delegado seccional de Santo André, Luís Carlos dos Santos.

Conforme Oliveira, a jovem decidiu comparecer à reconstituição após sua defesa ter feito um acordo com a polícia. Segundo o advogado, a estudanre estará acompanhada de sua psicóloga e de um conselheiro tutelar.

Além da presença desses profissionais, a jovem pediu para que, caso Lindemberg comparecesse à reconstituição, não tivesse contato com ele.

A advogada do rapaz, Ana Lúcia Assad, porém, informou que seu cliente não irá a Santo André nesta quarta-feira. “Já informamos ao juiz e ao delegado do caso que ele não irá participar. O juiz aceitou essa decisão”, afirmou.

Em 17 de outubro, policiais do Grupo de Operações Táticas Especiais (Gate) da Polícia Militar invadiram o apartamento onde Lindemberg mantinha as jovens reféns. Na ação, Eloá foi baleada na cabeça e na virilha e Nayara, no rosto. A morte cerebral de Eloá foi decretada na noite de sábado, 18 de outubro, pela equipe médica do Centro Hospitalar de Santo André.

Dúvida
A principal dúvida em relação ao desfecho é sobre o fato de Lindemberg ter atirado ou não pouco antes da invasão do apartamento pelos agentes do Gate. Logo após a invasão, no dia 17, o comandante do Batalhão de Choque da Polícia Militar de São Paulo, coronel Eduardo José Félix, afirmou em entrevista coletiva que a polícia só invadiu o local após ter ouvido um tiro.

A informação, no entanto, foi negada por Nayara, que declarou no dia 22 de outubro em depoimento ao delegado Sérgio Luditza, que conduziu o inquérito sobre o episódio do desfecho, que não houve um tiro no apartamento onde era mantida refém por Lindemberg Alves. No dia seguinte (23), o coronel Félix admitiu que pode não ter havido o tiro antes da invasão.

Fonte: G1

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