Caso Carlos Roberto: pai de vítima rebate discurso de cabo Luiz Pedro

Apesar de ter sido expedido alvará de soltura na última terça-feira, 18, o vereador eleito por Maceió, cabo Luiz Pedro, só foi liberado da carceragem da Casa de Custódia da Polícia Civil, no Farol, nesta quinta-feira, 20. Luiz Pedro aproveitou a presença da imprensa para desabafar sobre as injustiças que ele afirma terem sido cometidas pela Justiça de Alagoas e reiterou sua inocência no caso do servente de predeiro sequestrado e assassinado em dezembro de 2004.

“Não tenho nada a ver com este caso emesmo assim fiquei preso durante 11 meses, sendo injustiçado. As acusações contra a minha pessoa são fruto de uma crença do pai da vítima”, disse Luiz Pedro na saída da Casa de Custódia, onde conversou com a imprensa ao lado do advogado, José Fragoso.

O pai de Carlos Roberto Rocha dos Santos, Sebastião Pereira, rebateu o discurso do cabo Luiz Pedro e lembrou alguns dos capítulos desse caso que se arrasta na Justiça há quatro anos, causando sofrimento aos familiares da vítima.

“A Justiça não iria decretar a prisão preventiva de uma figura política como ele de graça. Basta ver o que dizem os comprarsas sobre ele, nas edições do dia 17 de dezembro de 2007 e 14 de julho de 2008, onde responsabilizam o vereador pelo crime. Tenho fé que ele vai sentar no banco dos réus e terá a pena que merece. É bom que fique claro que ele não é o santo que diz”, disse Sebastião.

O julgamento dos autores materiais do assinato está marcado para o próximo dia 10 de dezembro. Sentarão no banco dos réus Adézio Rodrigues Nogueira, Leone Lima, Valter Paulo dos Santos, Nelson Osmar Vasconcelos, acusados de integrar um grupo de extermínio que teria como chefe o ex-deputado estadual e vereador eleito por Maceió, Luiz Pedro.

Em julho desse ano, o juiz da 17ª Vara de Execuções Penais da Capital, José Braga Neto pronunciou Luiz Pedro como autor intelectual do crime.

Caso

Carlos Roberto foi levado da sua casa por volta das 1h30 da madrugada do dia 12 de agosto de 2004 e assassinado com 21 tiros nas proximidades do Conjunto Habitacional Tabuleiro do Martins. O fato mais intrigante é que os familiares da vítima só tiveram acesso às informações dois anos e oito meses após o crime.

Durante a fase de inquérito policial, o agente penitenciário Luis Vagner, principal testemunha do crime, teria afirmado que as pessoas responsáveis pelo seqüestro e morte do jovem seriam ‘capangas’ de Luiz Pedro. Apesar de descobrir como se deu a morte do filho, o pai de Carlos Roberto, Sebastião Pereira, até hoje luta pata tentar encontrar os restos mortais do seu filho.

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