A Superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) recebe novamente, na tarde de hoje, representantes da coordenação estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) para dar continuidade ao que foi discutido no primeiro contato, feito ontem. A reunião está marcada para as 14 horas, na sede do órgão, na Praça Sinimbu.
O prédio do Incra continua ocupado por trabalhadores ligados ao movimento. As reuniões têm como objetivo atualizar a pauta anual de reivindicações do MST. Ontem, foram apresentados pelo Incra os investimentos realizados no desenvolvimento dos assentamentos. Hoje, o MST vai acompanhar as ações do governo federal no tocante à obtenção de terras para reforma agrária no Estado.
O Incra já liberou este ano, segundo dados da Divisão de Desenvolvimento, cerca de R$ 1,6 milhão para obras de infra-estrutura em projetos de assentamentos (P.A.s) ligados ao movimento social. Entre as obras está, por exemplo, a construção de ponte em concreto armado, com 10 metros de vão, no P.A. São Frutuoso, em São Luiz de Quintude. O Incra destinou R$ 121.614,00 para essa obra.
A maioria dos assentamentos está recebendo recursos para a construção de sistema de abastecimento de água. Para São Pedro II, em Atalaia, estão sendo destinados R$ 162.838,00 para obras que incluem captação, adução, construção de reservatório elevado e rede de distribuição de 960 metros.
O chefe da Divisão de Desenvolvimento do Incra, Estevão Oliveira, também informou que foram destinados recursos que totalizam R$ 14,8 milhões em créditos somente para assentamentos do MST. “Desse total, 90% já estão depositados nas contas das associações”. Os créditos incluem as modalidades de apoio inicial, aquisição de material de construção para reforma e construção de moradias e fomento, além do adicional do semi-árido.
Hoje à tarde, a Divisão de Obtenção do Incra vai mostrar o total de áreas obtidas e destinadas a trabalhadores do MST. Pelos dados, foram obtidas 13 propriedades rurais em todo o estado para assentamento de famílias do MST. Com vistorias já concluídas, os imóveis somam 3.540 hectares e vão ser destinados a assentar mais de 260 famílias.
