A defesa do advogado Marcos Barbosa vai entrar com recurso no Superior Tribunal de Justiça tão logo a Assembléia Legislativa do Estado vote a autorização à Justiça para processar o deputado acusado de ser o autor intelectual do assassinato do líder comunitário Baré Cola, crime ocorrido em janeiro de 2006.
O advogado Marcos Uchoa afirma que a denúncia do Ministério Público, aceita hoje pelo Pleno do Tribunal de Justiça de Alagoas, tem como base a declaração da viúva da vítima, Ana Adélia Rocha que, por sua vez, teria dito três vezes que não acreditava no envolvimento do deputado no crime porque os dois eram amigos.
A defesa sustenta ainda que a viúva – em uma dessas declarações em juízo – teria afirmado que nunca houve intenção de denegrir a imagem do deputado, nem incriminá-lo.
A defesa aguarda a publicação da decisão do Pleno do TJ no Diário Oficial e o comunicado da decisão à ALE para entrar com recurso no STJ.
Caso
Edvaldo Guilherme da Silva, 47 anos, conhecido como Baré Cola, era servidor público lotado na Assembléia Legislativa de Alagoas (ALE), e presidente da Associação dos Moradores do Conjunto Joaquim Leão, em Maceió. Ele foi morto em 14 de janeiro de 2006, na localidade conhecida como “Campo do Julho”.
Consta que quatro homens armados, em um Palio de cor branca e placa não anotada desceram do carro e pediram de forma exaltada que as pessoas saíssem da frente e logo em seguida deflagraram 16 tiros contra a vítima.
