O deputado federal e candidato derrotado ao governo de Alagoas, João Lyra, concedeu agora há pouco entrevista à Radio Jornal – no programa Cidadania -e afirmou que o problema que o Estado vem passando é uma questão de capacidade de administração.
João Lyra voltou a repetir o discurso de campanha quando afirmava que tinha experiência para administrar o Estado e que não faltaria, caso fosse eleito governador, crédito para Alagoas.
“Ele [Teotônio Vilela Filho] não poderia mexer com o salário dos servidores. Para ser governador precisa primeiro ter capacidade de administrar. Se eu tivesse sentado, isto não estaria acontecendo, o povo estaria soltando fogos. Isso porque eu sei manipular dinheiro e administração”, disse.
Como medida para o fim do caos que se instalou no Estado devido ao decreto 3.555/2007, que suspende os reajustes salariais concedidos a partir de março do ano passado, o deputado afirmou que o atual governador deveria recuar pelo povo de Alagoas.
“Não é humilhação voltar atrás. Governador, vá às ruas e recue porque não tem outra alternativa. Este decreto é alucinado, pois aumento salarial é para ser pago. Recuando no decreto você [governador] acaba a crise e procura pessoas que saibam trabalhar com a administração”, completou.
Outra medida sugerida pelo candidato derrotado, caso tivesse sido eleito, era a venda do Palácio República dos Palmares, chamado pelo deputado de “Palácio de Cristal”. “Eu venderia o ‘Palácio de Cristal’ para uma grande empresa e voltaria para o antigo e verdadeiro palácio. A equipe joga a culpa do problema administrativo para o antigo governo, mas eu acho que o Ronaldo Lessa tinha mais mobilidade para tratar com dinheiro”, ressaltou.
Questionado sobre a permanência de Téo Vilela em Brasília no momento em que as entidades atingidas pelo decreto realizam diversas manifestações, Lyra criticou e ironizou. “Enquanto há uma crise no Estado ele está em Brasília discutindo o ‘menu’ nos grandes restaurantes”.
Ação TRE
Sobre a ação impetrada pelo deputado alegando fraude nas últimas eleições para o Governo do Estado, João Lyra alegou que roubaram a pessoa errada. “Roubaram a pessoa errada. Sou obstinado e vou até o fim. Tenho tudo sobre a fraude, desde nomes a valores para que o trabalho fosse executado. Fui miseravelmente fraudado e, por isso, sou de fato o verdadeiro Governador de Alagoas”, enfatizou.
