A nova administração do Teatro Deodoro informa que trabalhará para a reestruturação da instituição e, por isso, anuncia que o local ficará fechado por dois meses, a partir do dia 1º de fevereiro. A justificativa é o estado atual do teatro – quase toda a estrutura que cerca a caixa cênica do teatro necessita ser trocada por conta da falta de manutenção.
A administração informa também que as cortinas da coxia, já desgastadas e bastante remendadas, estão “se rasgando a um simples puxão”. A mesa de som tem mais de uma década e a de luz possui grande parte dos refletores quebrados.
Essas e outras situações foram levantadas pelo diretor-presidente da Diretoria de Teatros do Estado de Alagoas (Diteal), Juarez Gomes de Barros, que reassume a administração do Deodoro depois de 16 anos. Foi ele quem esteve à frente do projeto de reconstrução do teatro e, agora, está reorganização a famosa casa de cultura.
Levantamento
Os primeiros levantamentos da administração também encontraram outras irregularidades. Na platéia, as cadeiras são inseguras e o carpete está gasto. Os camarins estão mal conservados e necessitam de reparos. Outro grande problema do Teatro é o ar condicionado, que é antigo e funciona com capacidade mínima, devido à falta de recursos para que toda a estrutura de refrigeração seja renovada.
No salão nobre, área anexa tombada do teatro, há uma infestação de cupins e a pintura nas paredes está se desfazendo. Os móveis centenários pertencentes ao Deodoro foram espalhados por outras instituições, mas devem retornar ao teatro, segundo o diretor-presidente. Na mudança de gestão, foram registrados também saques de alguns aparelhos administrativos.
Fora do teatro, somadas a tudo isso, a ocupação desordenada por parte dos ambulantes descadastrados acumula lixo ao redor do Deodoro e a presença constante de "trombadinhas" é uma complicação a mais, já que as pessoas têm medo de assaltos e passam a não freqüentar o espaço.
Com assessoria.
