Sem fazer campanha, Renan aposta na vitória para presidência do Senado

Ao contrário da Câmara dos Deputados, que vive intensa disputa para a escolha do novo presidente da Casa Legislativa, no Senado o presidente Renan Calheiros (PMDB-AL) está confiante na vitória sem disputar voto a voto a preferência dos senadores com o também candidato José Agripino Maia (PFL-RN).

Sem fazer campanha, Renan disse na manhã de hoje, em rápida visita ao Senado –apenas para assinar documentos–, que a escolha de seu sucessor ocorrerá por meio de acordo. "Aqui vai haver o respeito verdadeiro à proporcionalidade [dos partidos]. Nós vamos aguardar o momento certo de conversar com as bancadas e elas vão decidir tudo. Se houver candidato de consenso para a presidência que as bancadas o entendam como tal, da minha parte também não haverá nenhum problema", afirmou.

Renan defende a proporcionalidade, uma vez que o PMDB terá a maior bancada do Senado no dia das eleições, em 1º de fevereiro. O PFL, por outro lado, lançou o nome de Agripino na disputa com o argumento de que o partido conseguiu o maior número de senadores eleitos. Com a saída de pefelistas da legenda após as eleições, o PMDB terá o maior número de parlamentares na próxima legislatura.

Mesmo com a maioria dos senadores sendo do PMDB, o presidente do Senado disse que a candidatura de Agripino é legítima. "É um direito que respeito. O senador Agripino é um dos melhores quadros da política nacional. Mas eu vou buscar o consenso até a última hora, vou trabalhá-lo até a última oportunidade. Não será por minha causa que ele não acontecerá", afirmou.

Renan disse acreditar que os senadores vão escolher um nome de "convergência", mas evitou admitir explicitamente que a sua candidatura é a mais forte nos bastidores. "Se a escolha recair sobre o meu nome, ótimo. Se recair sobre outro, não haverá problema. Eu vou trabalhar para que nós tenhamos consenso na presidência e nos demais cargos", afirmou.

O presidente do Senado disse que o PMDB vai buscar acordos com todas as legendas, incluindo o PT e o PFL, na disputa pelo comando da Casa. "O PMDB vai procurar todo mundo e vai levar todo mundo na mesma consideração", encerrou.

Folha Online

Veja Mais

Deixe um comentário

Vídeos