Encerrada a reunião em que acertou com o senador José Agripino (PFL-RN) e o líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), os procedimentos a serem adotados na eleição para a Mesa do Senado, nesta quinta-feira (1º), o presidente Renan Calheiros negou ter pedido ao candidato da oposição que desistisse da disputa.
– Fiz absolutamente tudo para que essa conversa não parecesse pedido de candidatura única, um apelo desesperado ao consenso. Compreendo as razões, respeito muito o senador José Agripino,ele é um dos grandes líderes do Senado, e levarei isso em conta até a última hora – disse Renan.
O presidente do Senado explicou que haverá disputa pela presidência da Casa, mas enfatizou que isso será feito dentro das regras regimentais. Ele disse ainda que o encontro – que, ao final teve também a participação do presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE) -restringiu-se à definição de regras.
– Haverá disputa, mas nós, civilizadamente, acertamos os procedimentos da disputa. Ovoto será secreto, cada senador entrará sozinho na cabine e votará de acordo com sua consciência, apenas de acordo com sua consciência.
Renan também sublinhou que qualquer negociação entre os partidos referentes a composição das comissões permanentes e da Mesa do Senado não será feita antes da proclamação do resultado da eleição,porque esse resultado é que vai indicar o rumo dessa negociação.
– Não dá para fazer negociação antes de jeito nenhum. Não fiz isso no meu partido e não vou fazer em partido nenhum,absolutamente. Como vai haver disputa, essa disputa deve acontecer também para os outros cargos, dependendo das bancadas e dos projetos existentes em cada bancada. Não tenho deles conhecimento e não quero ter. Quem vai conduzir as conversas com os líderes poderá ser eu ou não. Tudo depende da eleição.
Agência Senado
