O PMDB da Câmara fechou um acordo com o PSC para atuar nesta legislatura. O bloco reunirá 98 deputados. A união das duas legendas garante ao PMDB mais poder de negociação com o Palácio do Planalto em torno da reforma ministerial.
Com a maior bancada na Câmara, o bloco terá poder para paralisar qualquer votação na Casa. É com esse "cacife" que a bancada na Câmara discutirá com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva o espaço que terá no seu segundo mandato.
Os deputados da legenda querem indicar ao menos dois ministros e não irão aceitar que as indicações saiam apenas da seara da bancada do partido no Senado. "O governo tem os 98 votos do bloco e queremos que isso seja levado em consideração", afirmou o líder do PMDB, deputado Henrique Eduardo Alves (RN).
Para aprovar projetos no plenário, são necessários os votos da maioria mais um dos presentes –sendo que o quorum mínimo é de 257 deputados. Com 98 deputados, o PMDB pode definir as votações na Casa.
PMDB e PSC integram o megabloco formado para apoiar a candidatura do deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) à presidência da Câmara. A aliança incluía ainda PT, PP, PR, PTB, PTC e PTdoB. O bloco será desfeito sob a alegação de que os partidos perdem sua independência se atuarem unidos. Ontem foi desfeito o bloco formado por PSDB, PFL e PPS.
