O corregedor-geral do Ministério Público, Lean Araújo, está ouvindo na tarde de hoje, o advogado Welton Roberto, representante do promotor da vara da Infância e Juventude de Anadia, Carlos Fernando Barbosa de Araújo, uma das filhas e sua ex-mulher, na sede do Ministério Público.
O promotor é acusado de molestar a própria filha e uma enteada. A acusação partiu da própria filha. De acordo com os depoimentos, ela era molestada sexualmente desde os 12 anos (agora tem 24 anos) e que ele só parou há poucos meses.
A segunda vítima do promotor seria, segundo consta no processo, uma menor de apenas 13 anos de idade, enteada de Carlos Fernando.
Uma tia, que não quis se identificar, disse que a família está confiante na Justiça. "Atualmente ficamos sabendo que ele anda espalhando que o processo não vai dar em nada porque ele é pormotor. Mas nós acreditamos que a Justiça será feita e que ainda vamos comemorar a punição dele", disse a tia.
Revelação
A história do promotor acusado de abusar sexualmente da filha e da enteada já é conhecida em todo Estado.
A mãe da menina, que pediu para não ter o nome revelado, conta que soube dos fatos no início do ano passado, quando a filha mais velha do promotor – com a primeira mulher dele – revelou o abuso sofrido pelo pai por dez anos. Hoje, ela tem 25 anos e conta que foi abusada dos 12 aos 22 anos, assédio que terminou somente há dois anos, quando ela foi espancada pelo pai, que tentou estrangulá-la no apartamento dele, no bairro da Ponta Verde.
Depois do incidente, a jovem prestou queixa na Delegacia da Mulher e o processo foi instaurado no Ministério Público. “Neste ano, ela notou que minha filha mais velha, que foi enteada do promotor, também estava passando por isso. Depois que conversei com a menina, que tem 13 anos, ela revelou o abuso sexual, sofrido por cinco anos, e nós entramos com uma representação no Ministério Público”, explicou a mãe da menina.
Sobre a última revelação no caso, está o fato do promotor ter molestado também filha de apenas quatro anos.
Segundo informações de parentes da vítima, o abuso sexual foi descoberto quando a mãe estava dando banho na criança. “Observamos uma pequena variação de comportamento da menina, mas não perguntamos e nem pressionamos para que ela revelasse algo. Foi descoberto naturalmente”, diz, um parente que não quis ser identificado.
As três garotas molestadas – a filha mais velha do promotor e as duas filhas da terceira esposa de Carlos Fernando – estão sendo acompanhadas por psicólogos, em tratamentos para tirar o trauma causado pelo abuso sexual.
“Estamos contando com o apoio da família e de amigos. Quando minha filha mais velha sofreu o abuso, ela não falava porque era muito ameaçada por ele. Isso dá mais que raiva, até porque ele é um promotor de Justiça”, finalizou a mãe da menina.
Crédito: Alagoas 24 Horas
Crédito: Alagoas 24 Horas
