Sinteal: “propaganda foi maldosa, covarde e tem pobreza de espírito”

Alagoas 24 HorasGirlene Lázaro promete mobilizações até a próxima semana

Girlene Lázaro promete mobilizações até a próxima semana

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Alagoas (Sinteal) promete fazer uma nota de repúdio à propaganda institucional do governo do Estado, que diz que os professores estão prejudicando a Educação de Alagoas. Veiculado em horário nobre na noite de ontem e que teve continuidade durante todo o dia desta segunda-feira, o filme publicitário causou indignação em toda a diretoria do sindicato.

“Ficamos perplexos com o que vimos. Não podemos aceitar que o governo nos coloque contra a opinião pública. Isso é um absurdo; estamos revoltados. O sentimento é de decepção entre todos nós que fazemos a Educação em Alagoas”, afirmou Girlene Lázaro, presidente do Sinteal.

Para ela, a agência de publicidade que confeccionou a propaganda foi orientada para ser apelativa. “Foi um filme institucional maldoso, covarde e com pobreza de espírito. Acho que o governador deveria apresentar um projeto de educação para o povo de Alagoas e parar de nos responsabilizar pelos desmandos cometidos por gestores passados. Nós o procuramos para discutir um programa de avanços para a nossa educação, mas o governador disse que não podia naquele momento. Por que será?”, questionou a sindicalista.

Invasões

A propaganda do governo responsabiliza o Sinteal por um prejuízo de R$ 18 milhões, que teriam sido causados por conta das invasões aos prédios das secretarias da Educação, Fazenda e Planejamento.

“Nós não demos prejuízo algum. Pelo contrário, o governo é que não está sendo responsável com a Educação. E para ilustrar o que digo podemos citar o decreto dele de limitar as idades dos alunos para as séries dos ensinos fundamental e médio e para a educação especial. Quem quer educar um povo tem que oferecer educação de forma indiscriminada e não proceder de forma contrária”, rebateu Girlene Lázaro.

Greve Ilegal

O juiz da 18ª Vara da Fazenda Estadual, Cláudio José Lopes, decretou, nesta segunda-feira, a ilegalidade da greve dos professores da rede pública do Estado. Ele determinou o corte salarial dos dias parados e um prazo de 24 horas para o retorno ao trabalho.

Segundo a decisão do magistrado, o Sinteal é obrigado a pagar uma multa diária de R$ 10 mil, caso os professores permaneçam em greve. A paralisação tem impedido a realização das matriculas relativas a 2007 e a conclusão do ano letivo de 2006.

O Sinteal recebeu nesta segunda-feira a decisão do pedido de tutela antecipada concedido pela justiça e já declarou que vai recorrer da decisão amanhã.

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