Banco do Cidadão: 67% dos clientes são mulheres

Marcos JorgePresidente do Banco Cidadão, Pedro Verdino

Presidente do Banco Cidadão, Pedro Verdino

Sessenta e sete por cento dos clientes atendidos pelo Banco do Cidadão são constituídos de mulheres. Para o presidente da instituição, Pedro Verdino, esse fato revela o papel fundamental da mulher na economia do Estado em virtude de sua característica empreendedora. “Na medida em que a mulher tem o seu companheiro desempregado, e essa é uma realidade bastante visível no nosso Estado e no País, ela se ver obrigada a buscar uma alternativa econômica”, destaca ele.

Em torno de 35% das atividades financiadas pelo banco localizam-se na própria residência das pessoas. “Ela, que já tem um papel significativo na família porque administra a casa e está mais próxima dos filhos, é forçada a procurar um meio de gerar renda”, frisa Verdino, citando casos de mulheres empreendedoras.

O primeiro é o da empreendedora Maria José do Nascimento, que tem uma loja de confecções e artigos para presente situada no Santos Dumont. Ela, que já está no sexto empréstimo, relata que os créditos concedidos pelo banco foram fundamentais para a montagem do estoque da loja. “Os empréstimos completaram o dinheiro que eu já tinha para comprar mercadorias”, frisa, acrescentando que os créditos são liberados sem muita burocracia.

Dona Maria, mais conhecida no bairro como Dona Doca, iniciou sua atividade como sacoleira comercializando confecções em domicílio. Depois de algum tempo, ela juntou dinheiro e com a ajuda do pai – que lhe cedeu um espaço – ela abriu uma loja (Doca Confecções) que já funciona há dois anos. Além de roupas, são comercializados calçados, bolsas, material escolar, brinquedos e artigos para recém-nascidos com a forma de pagamento à vista e a prazo.

Outro caso é o de dona Joélia Henrique da Silva, cliente do banco que dá um exemplo de vocação empreendedora, superando momentos de críticos de sua atividade com criatividade. Ela possui há quatro anos uma pequena loja de variedades (roupas e calçados para crianças e adultos, brinquedos, pano de prato, além de outros produtos) localizada no município de Paripueira, a 36 quilômetros de Maceió.

Para montar o negócio, dona Joélia teve que usar da criatividade e os empréstimos concedidos pelo banco, pois antes disso atuava na região como sacoleira. Com muito esforço, ela e seu esposo Josué Antônio conseguiram abrir o negócio que atualmente contribui com uma parte importante na sua renda familiar. A iniciativa de procurar o banco partiu de dona Joélia, mas com a finalidade de investir o dinheiro na compra de produtos para diversificar o estoque da loja.

Segundo Verdino, a mulher tem a característica de se preocupar com a economia doméstica. Afirma que ela tem essa função empreendedora de controlar os gastos familiares e buscar uma alternativa. “A experiência do Banco do Cidadão, no meu ponto de vista, demonstra a importância da mulher no processo de construção de uma sociedade baseada na solidariedade e na busca da resolução dos problemas”, assinala.

Para o presidente, a metodologia do microcrédito favorece essa mulher empreendedora porque possibilita o financiamento para atividades ligadas a aspectos domésticos, a necessidades básicas como alimentação e vestuários, entre outros. “E a mulher está ligada a essas atividades produtivas”, observa, salientando que 35% das atividades financiadas pelo banco estão no segmento de alimentos, 35% no setor de confecções e o restante no comércio diverso.

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